Risco de desidratação para idosos
Atenção Brasil! Risco de desidratação para idosos aumenta neste final de ano. O principal perigo para os idosos diante das altas temperaturas que atingem praticamente todo o Brasil está associado ao risco de desidratação, disse o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Leonardo Brando de Oliva, na cidade do Rio de Janeiro.
No Rio, a sensação térmica atingiu 58,5 graus Celsius (°C) nesta semana.
Oliva explicou que os idosos enfrentam maior suscetibilidade à desidratação não apenas devido à redução da quantidade de água no corpo, mas também à diminuição de mecanismos de proteção contra esse quadro, destacando especialmente o papel do mecanismo de sede, conforme enfatizou à Agência Brasil.
O médico ressaltou que, à medida que envelhecem, os idosos experimentam uma progressiva deterioração do mecanismo de sede no sistema nervoso central, resultando na tendência de não sentirem sede, mesmo quando necessitam de líquidos.
Risco de desidratação para idosos, veja o que fazer para se prevenir
Hidratação Ele enfatizou que se torna desafiador para os idosos buscar hidratação, levando alguns a recusarem água devido à ausência de sede. Isso ocorre porque não possuem o mecanismo de sinalização presente nos jovens, indicando a necessidade de hidratação.
Além disso, o envelhecimento impacta o sistema de regulação da temperatura corporal no corpo humano.
“A sudorese é um dos mecanismos que temos para trocar calor, ceder calor para o ambiente. Esse mecanismo da sudorese também pode estar prejudicado nos mais idosos”, sinalizou o especialista.
Vasodilatação Da mesma forma, a capacidade de vasodilatação para trocar calor pode estar comprometida nos idosos, aumentando a dificuldade de liberar calor para o ambiente e reduzir a temperatura corporal.
Segundo o médico, isso pode resultar em disfunção do sistema, sendo crucial manter uma temperatura corporal regulada para o bom funcionamento de órgãos e sistemas. O aumento da temperatura pode levar a complicações de saúde nos idosos.
Em situações de exposição a extremos de calor, Oliva destacou a importância de priorizar a hidratação, oferecendo constantemente líquidos saborizados, como água de coco, suco leve ou chá gelado. Ele ressaltou que não se deve esperar sentir sede, sendo essencial fornecer líquidos regularmente.
Temperatura O segundo ponto de atenção é evitar a exposição ao sol, especialmente entre 10h e 16h, período de maior calor. Atividades ao ar livre nesse horário, principalmente aquelas que geram calor corporal, devem ser evitadas, e é aconselhável buscar ambientes mais frescos.
Quanto ao vestuário, Oliva recomendou que os idosos usem roupas leves e adequadas à temperatura. Essas medidas visam evitar consequências adversas do calor extremo.
Finalizando, o médico indicou que, dado que os idosos podem não sentir sede, é importante observar a urina como indicador de desidratação, tanto em termos de quantidade quanto de cor. Urina mais escura é um sinal de alerta, exigindo atenção e oferta adicional de líquidos.
Veja 5 dicas de hidratação no calor: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/noticias/?p=322034
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