Plano de saúde para idoso vale a pena? Os altos custos podem desencorajar os idosos a contratar, mesmo que precisem de cuidados de saúde. Por isso, muitos recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou aguardam a consulta quando já estão doentes – o que é errado.
Planos com preços competitivos podem ser atraentes, pois as ofertas com mais de 60 anos geralmente são populares por suas altas taxas. Mas não são apenas os custos que precisam de atenção: é importante verificar os serviços oferecidos por cada programa e se eles constam na Lista de Procedimentos e Eventos da ANS.
No Brasil, um plano de saúde para idosos custa, em média, R$ 1.500,00 por mês, o que corresponde a um custo anual de aproximadamente R$ 20.000,00. Devido ao alto custo, muitas famílias têm se mostrado céticas quanto à necessidade desse investimento, principalmente porque muitos idosos são saudáveis e independentes, e não precisam de acompanhamento médico regular.
Alguns familiares chegam a pensar em abrir uma caderneta de poupança em vez de um plano de saúde, para que tenham uma cota disponível em caso de emergência.
Mas, o que seria mais adequado: garantir um serviço antecipadamente ou pagar por um procedimento privado apenas se necessário?
Seguro de saúde para idoso é caro.
Os programas tornam-se caros na velhice devido ao uso frequente. Isso porque é nessa idade que os problemas de saúde começam a aparecer ou se intensificar.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as taxas são determinadas por faixas etárias. A cada quatro anos, à medida que o beneficiário atinge uma certa idade, ele passa para outra faixa e o valor do plano aumenta. Após os 59 anos, não há mais variação na mensalidade devido à mudança de idade.
O percentual de reajuste por faixa etária deve constar no contrato. O valor definido para o último grupo etário (59 anos ou mais) não pode ser superior a seis vezes o valor do primeiro grupo (0 a 18). Além disso, a diferença no valor acumulado entre a sétima e a décima faixa não deve ser maior que a entre a primeira e a sétima.
Quando você contrata um plano de saúde, você começa a contabilizar o prêmio mensal em suas despesas mensais fixas e ajusta seu orçamento de acordo. Você calcula esse investimento todo mês e, caso precise de ajuda médica, está seguro a qualquer momento.
Sem seguro de saúde, você não precisa pagar esse valor todos os meses, mas corre um risco financeiro em caso de doença súbita ou acidente.
Por que contratar um programa para idosos?
Um plano médico oferece serviços relacionados à saúde a um preço fixo. Com ele, o beneficiário pode cuidar de si regularmente, com consultas pontuais com especialistas. O fácil acesso aos cuidados pode impedir que o idoso procure um médico apenas quando sua saúde já estiver em risco.
Assim como os programas, há também a possibilidade de ter um serviço que receba mais pessoas do que no SUS, devido à alta demanda que um serviço de saúde tem. Algumas operadoras ainda oferecem descontos em drogarias, que remontam a medicamentos mais baratos.
O custo médio anual de um plano de saúde para idosos é de R$ 20.000,00, valor que, a princípio, assusta um pouco.
Por outro lado, se você considerar alguns custos de permanência em um bom hospital, com exames e medicamentos, esse valor é suficiente para cerca de 30 dias apenas.
E o SUS?
Embora o SUS ofereça todos os tipos de procedimentos, inclusive os mais complexos, o serviço como um todo é considerado ineficaz devido à alta demanda: estima-se que mais de 150 milhões de brasileiros dependam exclusivamente do SUS. Além disso, dados da ANS mostram que, há dois anos, mais de 2,7 milhões de pessoas não tinham plano de saúde e passaram a contar com o SUS, por perda do emprego ou incapacidade de pagar devido à reestruturação dos programas.
Isso reflete vários aspectos da saúde pública:
- Atrasos na marcação de consultas e exames, pois não há profissionais ou funcionários suficientes para atender a todos rapidamente
- Atendimento inadequado, pois os profissionais têm pouco tempo para cuidar de cada paciente
- Uso ineficiente de equipamentos devido à sobrecarga de capacidade
- Falta de medicamentos
É melhor prevenir.
As pessoas cobertas por um plano de saúde costumam realizar ações preventivas, como consultas de rotina e exames preventivos.
Quando os pacientes contam com cuidados independentes, são capazes de resistir às medidas preventivas e procurar ajuda médica apenas quando necessário – geralmente em estágio avançado, o que requer tratamento caro.
No entanto, uma das desvantagens do plano de saúde para idosos é a carência: cada operadora pode determinar a carência dos procedimentos do programa, desde que não ultrapassem os prazos definidos pela Agência Nacional de Saúde.
De acordo com a tabela da ANS, mesmo consultas e exames simples podem levar até 180 dias para serem emitidos:
Por isso, ter um plano de saúde para idosos pode ser mais benéfico do que pagar por um atendimento particular.
Em caso de dúvida, entre em contato com o profissional de saúde, peça um contrato e revise as cláusulas para ver se elas correspondem às expectativas da família. Se possível, peça a opinião do idoso: ele se sentirá mais importante e mais disposto a seguir o tratamento médico no futuro.
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