Pesquisa eleitoral: entenda como funciona. As pesquisas são um instantâneo do momento em que as entrevistas são realizadas.
Além de as pesquisas indicarem a intenção de votar em cada candidato naquele momento, também é útil conhecer a opinião dos brasileiros sobre outras questões que permeiam o processo eleitoral.
Os questionários utilizados pelos institutos de pesquisa fazem perguntas sobre o perfil do entrevistado (gênero, escolaridade, religião, renda), rejeição de candidatos concorrendo a eleições em determinado ano, avaliação do governo, decisões sobre eleições, etc. As perguntas variam de acordo com a metodologia utilizada por cada instituto.
Com base em um conjunto de informações publicadas, as pesquisas ajudam os eleitores a tomar decisões mais informadas.
Por que nunca fui entrevistado e nem conheço ninguém que tenha sido?
Isso porque o grupo analisado na amostra, embora representativo de toda a população, é numericamente pequeno.
Ao pesquisar, por exemplo, 2.000 pessoas, a probabilidade de votar em um eleitor é de 0,002%.
É o mesmo que bater no Mega-Sen. Mas o importante é que todos os eleitores tenham a mesma chance de serem entrevistados”, explica Mauro Paulino, ex-diretor do Datafolha e comentarista da GloboNews.
Como é realizada a pesquisa eleitoral?
As entrevistas podem ser realizadas de duas formas: pessoalmente ou por telefone. Nas pesquisas pessoais, preferidas por institutos como Ipec e Datafolha, os entrevistadores abordam as pessoas em casa ou na rua.
O entrevistador nunca pode escolher antecipadamente quem será entrevistado, nem o entrevistado pode se oferecer para ser entrevistado.
Há uma série de critérios técnicos para garantir que o eleitor não seja influenciado ao responder. Nas perguntas estimuladas, por exemplo, as alternativas são apresentadas em um cartão circular para que o nome de um candidato não venha antes do outro.
Qual é a margem de erro?
Existe erro em qualquer pesquisa que use uma amostra. Simplesmente não existiria se os pesquisadores entrevistassem todos no país (no caso de pesquisas nacionais).
São erros que ocorrem aleatoriamente durante o processo de seleção da amostra.
Isso significa que, mesmo que os institutos usem critérios científicos para definir a amostra, ainda há uma chance de que alguns dos resultados não correspondam exatamente aos da população representada.
Na prática, a margem de erro significa que os indicadores apresentados na pesquisa podem variar alguns pontos percentuais para cima ou para baixo.
Em uma pesquisa onde a margem de erro é de dois pontos percentuais, por exemplo, se um candidato aparece com 25% das intenções de voto, a faixa considerada é de 23% a 27%.
Por que as pesquisas eleitorais nem sempre dão o resultado final correto?
Mesmo com a margem de erro e o nível de confiança estabelecido, é importante lembrar que uma pesquisa eleitoral é um instantâneo de um momento no tempo.
O objetivo dos institutos de pesquisa não é obter o resultado final da eleição, mas mostrar como os eleitores estavam no momento em que foram pesquisados. Muitos fatores podem levar um eleitor a mudar de ideia até o momento de votar nas urnas.
Por exemplo, no dia da votação, é mais provável que as pessoas votem em um determinado candidato. No dia seguinte, essa intenção de voto pode aumentar ou diminuir dependendo da campanha eleitoral, dos debates, das notícias, das postagens nas redes sociais e até do resultado da votação.
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