O horário de verão pode voltar? Ao contrário do que muitos pensam, o horário de verão não é uma invenção brasileira e é adotado por vários países e regiões do mundo. A ideia foi criada pelo político e cientista americano Benjamin Franklin em 1784 e foi adotada pela primeira vez apenas no início do século 20, durante a Primeira Guerra Mundial, na Alemanha, país que precisava economizar nos custos do carvão devido aos tempos difíceis de combate e gastos militares.
Com o tempo, outros países também adotaram a mudança de horário anual. No Brasil, foi usado pela primeira vez no início da década de 1930 pelo governo Vargas, que buscava uma economia maior em tempos de crise econômica global. A partir de 1967, o cronograma deixou de ser adotado e só foi restabelecido na década de 1980 devido a problemas com a geração de energia hidrelétrica. No entanto, a adoção do cronograma não foi padronizada, ou seja, variava em duração e data a cada ano,
Horário de verão no Brasil
No terceiro domingo de outubro, os relógios de alguns estados devem adiantar uma hora, iniciando o chamado horário de verão, mudança que deve ser mantida até o terceiro domingo de fevereiro, quando os relógios voltam a funcionar. Portanto, o horário de verão é uma mudança especial na cronometragem oficial para alcançar certos resultados.
Para que serve o horário de verão?
O horário de verão serve para minimizar o congestionamento de consumo durante certos picos diários. As horas de pico de consumo de energia do dia (final da tarde) ocorrem quando as pessoas entram em suas casas e ligam o chuveiro elétrico, a televisão e outros aparelhos eletrônicos, o que aumenta o consumo de energia. A maior utilização de luz natural durante o verão significa que as lâmpadas das residências, espaços industriais, comerciais, ruas e espaços públicos são acesas mais tarde, quando o pico de consumo já caiu. Desta forma, evita-se a sobrecarga do sistema de distribuição de energia.
Por que o horário de verão é usado na segunda metade do ano?
O horário de verão ocorre quando, a partir de outubro, os dias começam a ficar progressivamente mais longos que as noites, com o sol nascendo mais cedo e se pondo mais tarde (solstício de verão). A ideia é aproveitar esse período extraordinário de luz natural, principalmente no final do dia, quando o consumo de energia é maior, para que as lâmpadas permaneçam acesas por menos tempo, economizando energia.
Horário de verão em 2022?
Novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que a introdução do horário de verão neste ano não traz benefícios para a operação do sistema elétrico nacional.
Uma análise da possibilidade de restauração do mecanismo, que foi extinto pelo presidente Jair Bolsonaro em 2019, foi realizada a pedido do Ministério de Minas e Energia (MME) em agosto. Apesar do parecer, a decisão sobre a medida caberá ao governo federal.
Os resultados devem ser apresentados na próxima reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão colegiado presidido pelo ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida. A reunião está marcada para a próxima quarta-feira (5
“O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informa que realizou análises sobre a possível aplicação do horário de verão em 2022. Os resultados obtidos não indicaram benefícios para a operação do SIN [Sistema Interligado Nacional] decorrentes dessa medida. Nesse contexto, o ONS ressalta que cabe ao governo federal determinar se aplica ou não a medida”, informou o ONS Estadão/Broadcast.
O horário de verão, criado para aproveitar a maior quantidade de luz solar na época mais quente do ano, foi introduzido no Brasil em 1931 pelo então presidente Getúlio Vargas e é adotado permanentemente desde 2008.
No entanto, as mudanças nos hábitos dos consumidores e os avanços na tecnologia reduziram a importância da economia de energia ao longo dos anos. Esse foi o argumento que o governo usou para extinguir a medida em 2019.
Se você gosta de ler noticias de investimentos, dicas de economia e benefícios seja bem-vindo ao Manual do Idoso.