Moda inclusiva, você sabe o que é? Qual é o propósito da moda? Essa pergunta pode ser respondida de várias maneiras, mas podemos dizer que o sistema existe para produzir roupas para todas as pessoas, certo? O problema é que quando olhamos para esse mercado, as opiniões que recebemos são diferentes. Por muito tempo a indústria da moda trabalhou com tipos corporais bem definidos, promovendo um padrão de beleza alcançável por muitos, excluindo outros corpos. Para os não iniciados, ver vitrines, assistir a desfiles de moda e consumir mídia focada na moda não parece uma obrigação. Esse fato – felizmente está em constante mudança – atinge fortemente as pessoas com deficiência, principalmente no Brasil.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,2% da população brasileira possui algum grau de deficiência. Vale lembrar, porém, que anteriormente essa taxa era de 23,9%. A queda nos números se deve a uma mudança no método de medição. São cerca de 14 milhões de pessoas vivendo em um país cujos padrões de inclusão e acessibilidade estão longe do necessário. Basta uma curta caminhada pela estrada e um pouco de empatia para ver como nossas cidades estão despreparadas.
Mas esta situação de liberação não se limita apenas a viagens, acesso ao uso também. As pessoas com deficiência não são vistas pelas marcas como consumidores. E como pode ser diferente se eles são excluídos da vida pública e apresentados apenas como exemplos de vitória? Por isso programas como a moda inclusiva são importantes, cumprem o papel de inclusão e empoderamento desse importante segmento da população.
Moda combinada? O que está acontecendo?
Quando uma pessoa nasce ou adquire uma deficiência ao longo da vida, sua relação com o corpo e o mundo é diferente da de uma pessoa sem ela. Se é limitado em movimento ou sentidos. Esses corpos, no entanto, são reais e sentem as mesmas necessidades que todos nós sentimos. Uma maneira de se sentir bem, de ser independente, independente e livre.
A princípio, pode parecer um pequeno detalhe, mas não é. Isso porque ele não apenas se veste. A moda comunica, influencia e influencia a realidade.
Você sabia, por exemplo, que uma pessoa com deficiência pode levar duas horas e meia para se vestir? E que, diante das dificuldades, muitos acabam saindo de casa, colocando isolamento, consequências sociais e psicológicas? E não termina aí. Imagine se você não pudesse escolher roupas enquanto faz compras porque não pode ver e não tem acesso a nenhum tipo de informação, tem que confiar apenas no toque? Como você se sentiria? É bom lembrar que em nossa sociedade muito do sentimento dos cidadãos está diretamente ligado à liberdade de uso. Quem não come está fora do jogo.
A moda inclusiva é uma organização que produz roupas e acessórios destinados às necessidades de corpos com deficiência, mas que podem ser usados por quem não os possui. Isso significa peças fáceis de vestir, adaptadas a diferentes corpos, mas que também são comercializadas de outras formas – como interpretação sonora, por exemplo – e o uso de modelos que representam essas pessoas. A moda integrada permite que grande parte da população também faça parte do mundo da moda e se empodere, construa outras relações com ela e seja vista pelo público.
Produtos e sistemas de moda integrados
Hoje no Brasil existem produtos e programas ligados a essa parte da indústria da moda, com destaque para o Meu Corpo Real, criado pela estilista Michelle Souza. Cadeirante desde 2006, após um acidente de carro, Michelle criou o Meu Corpo Real após conhecer a moda inclusiva em uma viagem a Toronto, no Canadá, e fazer pós-graduação em Comunicação e Cultura de Moda na Fine Arts.
Se você gosta de ler noticias sobre investimentos, dicas de economia e benefícios seja bem vindo ao Manual do Idoso.