Promessas climáticas do setor de hidrocarbonetos não têm credibilidade, aponta relatório – 11/05/2022


Paris, 12 Mai 2022 (AFP) – Os compromissos climáticos das gigantes dos hidrocarbonetos costumam carecer de credibilidade e se baseiam em tecnologias caras, cuja eficácia não é comprovada em larga escala, aponta um relatório do grupo de reflexão Carbon Tracker publicado nesta quinta-feira.

A entidade analisou os objetivos climáticos de 15 grandes grupos de capital aberto e concluiu que a maioria, apesar de ter aumentado seus objetivos recentemente, não se compromete com uma redução absoluta de suas emissões de gases do efeito estufa.

O Carbon Tracker inclui apenas quatro empresas, todas europeias, que se comprometem com uma redução absoluta de suas emissões, incluindo os produtos usados por seus clientes, como o combustível.

À frente da classificação está a italiana Eni, que tem um objetivo de redução de emissões de 35% até 2030. Ela é seguida pela espanhola Repsol, a francesa TotalEnergies e a britânica BP.

No fim da lista, outras sete empresas, entre elas a gigante americana ExxonMobil, comprometem-se apenas a reduzir as emissões em suas operações.

Os autores do relatório também criticam as estratégias usadas para reduzir artificialmente suas emissões, enquanto continuam a investir em novos meios de produção de hidrocarbonetos. Essas táticas incluem a venda de ativos, a compra de compensações ou recorrer a tecnologias como a captura de carbono ou o plantio de florestas.

É uma aposta em tecnologias “que representam um risco enorme tanto para os investidores quanto para o clima”, alerta Maeve O’Connor, coautora do relatório. “A maioria dessas tecnologias ainda está em fase inicial de desenvolvimento, com poucos projetos grandes funcionando na escala necessária para atingir os objetivos das empresas, enquanto as soluções que requerem o plantio de árvores precisam de áreas enormes”, aponta a analista.

jmi/laf/pb/dbh/cjc/lb

BP

REPSOL

EQUINOR

EXXONMOBIL

ENI

CHEVRON



Source link

Se inscreva na nossa Newsletter

Veja Mais

Sem categoria

Entrevista com Sérgio Buniac, presidente global da Motorola

Tilt: Como vocês têm lidado com as concorrentes chinesas? Chega a ser um problema ou passa longe de ser uma preocupação? SB: Podemos competir com qualquer fabricante de qualquer região. Não é fácil, mas somos competitivos – não custa lembrar que somos chineses também [a chinesa Lenovo é dona da Motorola Mobility]. Sobre ser uma

Sem categoria

5G pode atrasar em até 60 dias em 15 capitais brasileiras

O Grupo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que acompanha a limpeza das faixas para ativação do 5G propôs, nesta sexta-feira, 12, mais 60 dias de prazo para que a tecnologia comece a rodar em 15 capitais brasileiras, a maioria delas localizada nas regiões Norte e Nordeste. O conselho diretor da Anatel ainda precisará aprovar