Elon Musk diz que governos e empresas talvez paguem pelo Twitter


O vindouro reinado de Elon Musk no Twitter continua dando o que falar na internet. Desde que o dono da Tesla anunciou o acordo de compra por US$ 44 bilhões, o futuro da rede social permanece nebuloso. A novidade da vez foi publicada no próprio Twitter de Musk na última terça-feira (3). O bilionário indicou que usuários empresariais e governamentais podem ter que pagar uma “pequena” taxa para manter seus perfis no Twitter.

Musk deixa bem claro em sua publicação que a proposta é manter para sempre o Twitter gratuito para usuários comuns. Então, se for o seu caso, não precisa se preocupar em pagar mais um boleto por enquanto.

“O Twitter sempre será gratuito para usuários casuais, mas talvez um pequeno custo para usuários comerciais/governamentais”, diz a publicação, em tradução direta.

Segundo a análise do site The Verge, cobrar pelos tuítes das empresas ou perfis governamentais pode não ser uma medida tão simples assim de ser implementada. Isso porque alguns fatores precisam ser observados e o principal deles é o preço a ser cobrado.

Fica a dúvida se pequenas empresas pagariam o mesmo que grandes empreendimentos. Se não, como isso seria mensurado: por número de seguidores ou valor da marca no mercado? Ainda é uma grande incógnita.

Futuro do Twitter

Ainda não se sabe como funcionará essa taxa, nem os valores exatos. Mas a proposta poderia ser uma forma de Musk aumentar a margem de lucro da rede social.

Segundo fontes da agência de notícias Reuters, o empresário comunicou aos bancos que financiam a proposta de US$ 44 bilhões que ele planeja aumentar a receita de seus negócios, e isso incluiria mexer os pauzinhos para ganhar dinheiro com os tweets relevantes ou virais no Twitter.

Ainda não estão oficializadas as movimentações de Musk para o futuro da rede social. Em postagens feitas pelo dono da Tesla — mas que foram posteriormente apagadas — Musk chegou a cogitar opções de pagamentos em dogecoin, criptomoeda que disparou de preço ao longo do ano passado após o empresário demonstrar seu apoio ao formato da moeda-meme, com postagens frequentes no Twitter.

Além disso, nessa sequência de posts deletados segundo a Reuters, Musk teria ainda citado o Twitter Blue (versão paga da plataforma, ainda não disponível no Brasil) e sugerido uma redução no preço da assinatura, assim como a proibição de publicidade.

Polêmica nos posts de Musk

O curioso é que o post sobre as taxas do Twitter para empresas e governos veio logo após uma outra publicação de Musk, que foi ao ar mais cedo no mesmo dia, na última terça-feira (3).

“Quem financia essas organizações que querem controlar seu acesso à informação? Vamos investigar…”, diz o tuíte.

Junto com o comentário está o link de uma reportagem publicada pela CNN que aponta que grandes empresas, como a Coca-Cola e Disney, estão sendo incentivadas a boicotar o Twitter caso as políticas que limitam discurso de ódio e a desinformação eleitoral na plataforma sejam suspensas.

Em resposta, o Twitter disse à CNN: “Não temos mudanças planejadas em nosso compromisso com a segurança da marca”, mas que a empresa “não pode especular sobre as mudanças que Elon Musk pode fazer”.

Isso provavelmente é resultado do projeto de Musk de ampliar o que chama de “liberdade de expressão” na plataforma e reduzir o controle do discurso na plataforma, o que tem gerado polêmica.

O empresário chegou a publicar uma explicação do seu ponto de vista sobre o que é “liberdade de expressão” na terça-feira (26), dia seguinte ao acordo de compra do Twitter.

“Por ‘liberdade de expressão’, quero dizer simplesmente aquilo que está de acordo com a lei. Sou contra a censura que vai muito além da lei”.

A postagem ainda completa: “Se as pessoas quiserem menos liberdade de expressão, pedirão ao governo que aprove leis nesse sentido. Portanto, ir além da lei é contrário à vontade do povo.”

No dia seguinte, na quarta-feira (27), Musk se posicionou novamente sobre suas convicções sobre a rede social:

“Para que o Twitter mereça a confiança do público, ele deve ser politicamente neutro, o que efetivamente significa perturbar a extrema direita e a extrema esquerda igualmente”.



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