Por Trevor Hunnicutt
WASHINGTON (Reuters) – O governo Biden alocará mais de 3 bilhões de dólares em para a fabricação de baterias de veículos elétricos, disseram autoridades dos Estados Unidos nesta segunda-feira.
Os recursos serão usados pelo Departamento de Energia e fazem parte do projeto de 1 trilhão de dólares para infraestrutura assinado por Biden em 2021. Entre as iniciativas estão o processamento de minerais para uso em baterias de grande capacidade e a reciclagem delas, segundo comunicado.
Biden quer que metade dos veículos vendidos no país sejam elétricos até 2030. Ele espera que a meta impulsione empregos sindicalizados, frustre a concorrência chinesa e reduza as emissões de carbono que alteram o clima.
O governo também vê nas medidas um passo para garantir a independência energética e cortar as pressões inflacionárias de longo prazo exacerbadas pela invasão russa da Ucrânia.
“Enquanto enfrentamos esse aumento de preço de Putin no petróleo e gás, também é importante notar que os veículos elétricos serão mais baratos no longo prazo para as famílias americanas”, disse Mitch Landrieu, coordenador de infraestrutura da Casa Branca.
O financiamento ajudará a estabelecer e modernizar fábricas de baterias. A lei de infraestrutura também destinou bilhões de dólares a mais para o governo comprar ônibus elétricos e instalar carregadores de veículos elétricos. A administração tem colaborado com fabricantes, incluindo o presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, a presidente da General Motors, Mary Barra, e o presidente da Ford , Jim Farley.
Os fundos não serão usados em novas minas domésticas para produção de lítio, níquel, cobalto e outros minerais de alta demanda necessários na fabricação dessas baterias. Alguns desses projetos enfrentam oposição local e estão vinculados às revisões ambientais e legais do governo Biden.
“Esses recursos são sobre a cadeia de suprimentos de baterias, que inclui produzir e reciclar minerais críticos sem nova extração ou mineração”, disse Gina McCarthy, consultora nacional de clima de Biden.
(Por Trevor Hunnicutt)