O telescópio espacial James Webb, localizado a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, completou sua fase de alinhamento de seus instrumentos científicos, agora operacionais para explorar os confins do Universo, anunciou a NASA.
Os quatro poderosos instrumentos, três imageadores e um espectrógrafo, alinharam-se com sucesso com o espelho principal (6,5 metros de diâmetro), cuja implantação terminou no início de janeiro, duas semanas após a decolagem do telescópio James Webb (JWST) da Guiana Francesa.
Cada um atingiu sua “temperatura operacional” e agora está pronto para trabalhar, detalhou na quinta-feira a NASA em um comunicado.
Enquanto aguardam as primeiras imagens de observações científicas, os instrumentos confirmaram que são capazes de “capturar imagens nítidas e bem direcionadas”.
Como as imagens de estrelas e gás da Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia anã satélite da Via Láctea, tiradas pelo instrumento Mirim. “Esta primeira imagem foi magnífica porque vimos a qualidade das imagens que procurávamos”, comentou no Twitter o responsável científico do Mirim no CEA, Pierre-Olivier Lagage.
“Tudo está indo bem e agora tenho certeza que haverá ciência ‘transformacional’. Tenho plena certeza de que com o JWST avançaremos a ciência a passos largos”, acrescentou o astrofísico, emocionado.
“Estas imagens de teste demonstram o que as pessoas de vários países e continentes podem alcançar quando há uma visão científica ousada para explorar o universo”, comentou Lee Feinberg, responsável de elementos do telescópio óptico Webb no Goddard Space Flight Center da NASA.
A um custo de 10 bilhões de dólares, James Webb é aguardado pelos astrônomos de todo o mundo e deve permitir observar em particular as primeiras galáxias, formadas apenas cerca de 200 milhões de anos após o Big Bang.