Uber tá caro? Conheça apps alternativos de transporte e carona


A inflação e as mudanças nas diretrizes do Uber complicaram a vida de quem usa o aplicativo – seja como motorista, seja como passageiro. Nas redes sociais, são frequentes as reclamações de que as corridas estão mais caras e mais difíceis de solicitar.A

principal explicação é o constante aumento dos combustíveis. Nas últimas semanas, a gasolina atingiu o maior valor nominal desde que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.

Além disso, agora motoristas podem conferir o valor e o destino da viagem antes de aceitá-la. Na comparação, coirridas em trechos mais rápidos e baratos estão sendo deixadas de lado. A alteração tenta contornar um problema antigo: em setembro, a Uber havia excluído cerca de 1.600 motoristas por abuso no cancelamento de viagens.

Para ajudar com o seu trajeto (e com o seu bolso), selecionamos alguns aplicativos alternativos que podem ser mais interessantes e não te deixar na mão. Confira:

Me Busca

Foi criado em março por uma empresa brasileira e apoiada pela Associação de Motoboys e Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Ammasp) para concorrer com Uber e 99. A promessa é gerar uma remuneração maior aos motoristas, deixando o serviço mais atrativo para a categoria.

Isso ocorre por meio de taxas fixas. Recentemente, a Uber alterou a taxa cobrada do condutor: de 25% para um valor que varia entre 14% a 40% por corrida. Na 99 também houve um reajuste e agora varia entre 10% a 25%.

O Me Busca não informa qual é o valor cobrado, apenas que estima ganhos de R$ 2 mil a R$ 2.200 por mês, em uma jornada de 70 horas semanais.

O aplicativo está disponível na Google Play e Apple Store.

7 Move

Em Belo Horizonte, três motoristas criaram o aplicativo 7 Move. A ideia foi pensada a partir dos interesses e experiências do grupo com os aplicativos tradicionais. Nele, a taxa cobrada do motorista é fixa e semanal, em vez de uma porcentagem em cima de cada corrida realizada.

O primeiro mês é grátis; a partir do segundo até o sexto; são R$ 30 semanais. Do sétimo em diante, R$ 30 semanais (R$ 120 por mês).

Segundo os criadores, com essa tabela é possível tornar atraente mesmo as corridas mais curtas – e oferecer preços mais baixos aos passageiros.

Por enquanto, o app está ativo desde o ano passado apenas na região metropolitana de Belo Horizonte e nas cidades de Sete Lagoas, Itabirito, Itaúna e Santa Bárbara. Disponível para download na Google Play e Apple Store.

Mou Driver

Por enquanto restrito a Campo Grande (MS), o aplicativo Mou Driver tem a mesma proposta de cobrar uma mensalidade dos motoristas em vez de descontar nas corridas individuais.

Para os usuários, outro atrativo: ele padroniza o valor das viagens, sem grandes variações nos horários de pico, comum em outros apps.

Por enquanto, a plataforma está disponível apenas para Android.

Apps de carona

Aplicativos que conectam motoristas e caroneiros são especialmente vantajosos para viagens mais longas e interurbanas.

Entre as opções, o Bla Bla Car é um dos mais populares. Nele, motoristas divulgam viagens por horário, com locais de partida e chegada. A própria plataforma calcula um valor estimado dos gastos do trajeto e divide entre os passageiros, com pagamento em dinheiro no momento da viagem.

Com isso, é possível gastar menos de R$ 20 reais para ir de São Paulo até Campinas, por exemplo.

Para a segurança dos envolvidos, todo usuário é avaliado e os motoristas precisam confirmar a documentação.

O Waze Carpool também tem se popularizado. Voltado para trajetos rotineiros, como a ida e volta do trabalho, o serviço funciona em conjunto com o sistema de GPS do Waze.

Para encontrar uma carona,basta cadastrar o endereço de casa e o destino mais comum. Em seguida, a plataforma buscará por motoristas que ofereçam caronas próximas a esse trajeto.

Se você é um motorista dividir o trajeto com alguém, basta indicar no aplicativo sua disponibilidade depois de definir seu destino. O pagamento é feito pelo próprio app.

Táxi volta a ser uma opção

Com os combustíveis cada vez mais caros e a dificuldade de encontrar um carro via Uber ou 99, os táxis estão voltando a ser vantajosos em alguns trajetos.

Dependendo da hora do dia, eles são até mais baratos que os aplicativos de transporte, que estão sujeitos às flutuações de oferta e demanda (por exemplo, o aumento da procura quando chove).

A bandeirada dos taxistas não é corrigida há sete anos. Os preços só mudam entre as 20h e às 6h, quando vale a bandeira dois, em que há o acréscimo de 30% sobre os R$ 2,75 da tarifa quilométrica.



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