Por Tatiana Bautzer
SÃO PAULO (Reuters) – O fundo de venture capital de estágio inicial Antler, baseado em Cingapura, está abrindo em São Paulo seu primeiro escritório na América Latina, atraído pela efervescência na criação de startups no país.
O volume de venture capital investido na América Latina bateu recorde no ano passado e chegou a 15,7 bilhões de dólares, mais que o total levantado nos dez anos anteriores, segundo dados da associação Lavca. O Brasil atraiu 48% do total de capital da região e criou no ano passado 8 unicórnios.
O Antler, um fundo de venture capital que atua na mesma fase dos chamados investidores-anjo, provê o primeiro capital externo para as startups e tem um total de ativos de 500 milhões de dólares. O fundo tem escritórios em 21 localidades no mundo, incluindo América do Norte, Ásia e Europa.
“O mercado latino-americano é muito grande e tem altas taxas de crescimento da digitalização”, disse a Reuters o fundador e presidente-executivo da Antler, Magnus Grimeland.
O fundo já ajudou a criar 400 empresas em todo mundo, provendo financiamento antes do início da operação. No Brasil, o engenheiro Marcelo Ciampolini, que já trabalhou no mercado financeiro e fundou uma empresa de empréstimos online, deve liderar o escritório.
A Antler geralmente financia a abertura das empresas em troca de uma participação de 10% e não costuma liderar as rodadas subsequentes, investindo recursos apenas para manter a participação. O fundo dedicado ao Brasil deve investir até 50 milhões de dólares nos próximos cinco anos, diz Ciampolini.