Pela primeira vez, os trabalhadores de uma Apple Store podem criar um sindicato específico para a classe. Funcionários da filial no shopping Cumberland Mall, em Atlanta, deram entrada com os documentos para iniciar o processo eletivo, segundo apurou a Businees Insider.
Os organizadores informam que mais de 70% dos trabalhadores assinaram seus cartões sindicais. Se a votação junto ao Comitê Nacional de Relações Trabalhistas for positiva, o sindicato terá 107 membros e se chamará Apple Workers Union (Sindicato dos Trabalhadores da Apple).
Derrick Bowles, um dos líderes da iniciativa, contou à CNBC que se inspirou “no que estava acontecendo em Bessemer, Alabama, com o depósito da Amazon.”
Em 1/4, os trabalhadores de um depósito da Amazon em Staten Island (Nova York) aprovaram a criação do primeiro sindicato dos trabalhadores da gigante do varejo.
Mas também há outros exemplos dentro da própria Apple. Trabalhadores da loja na Grand Central Terminal, em Nova York, começaram a coletar assinaturas para oficializar um sindicato afiliado ao grupo Worker Unite. (O de Atlanta será associado ao Communications Workers of America.)
“Muitos de nós estão aqui há muitos anos, e não acho que você continua firme num lugar a não ser que você o ame”, afirmou Bowles em um comunicado à imprensa.
“A Apple é um lugar profundamente positivo para se trabalhar, mas sabemos que a companhia pode melhorar seu comprometimento com seus ideais, então estamos empolgados em nos juntar com nossos colegas de trabalhar para trazer a Apple à mesa de negociação e tornar esse aqui um lugar ainda melhor para se trabalhar”, continuou.
Segundo o Washington Post, outras três filiais da Apple Store nos EUA também estão em processo de sindicalização. E, de acordo com o Huffington Post, outras manifestações coletivas estão se tornando mais comuns. Na véspera do Natal de 2021, mais de 50 profissionais do varejo fizeram uma greve solicitando melhores condições de trabalho, incluindo proteção contra covid-19 — e contra clientes abusivos.