Desde que o 5G começou a ser liberado pelas operadoras e mais cidades recebem previsões para a sua chegada, como São Paulo nesta quinta-feira (04), alguns usuários começaram a notar as letras “5G” em seus sinais de rede, mesmo antes da instalação.
Alguns já notam isso há bastante tempo, e talvez achem estranho: apesar de tudo, a velocidade dos seus dados móveis continua a mesma. Se esse é o seu caso, é possível que você esteja se perguntando: o padrão chegou mais cedo? A operadora está me enganando?
O 5G é uma nova faixa de transmissão de dados com velocidade até 20 vezes maior que a do 4G. Com ele, será possível baixar um filme em menos de 1 minuto, por exemplo. Sua chegada é antecipada por prometer melhorias na indústria, nas comunicações e, claro, no uso pessoal.
No entanto, nem todo 5G é igual. Um deles, já disseminado no Brasil, é o 5G DSS, que utiliza equipamento (e faixas de frequências) do 4G para oferecer internet mais rápida — na casa dos 100 Mbps.
Por que o 5G aparecia antes
As principais operadoras já oferecem a modalidade de 5G DSS em diversas cidades desde 2020. Este modo de conexão apresenta algumas melhorias — algo que varia entre 4 a 12 vezes mais velocidade em comparação ao 4G, a depender da região — mas de longe não é o mesmo avanço quanto a versão “pura”.
É possível que, com a extensão da cobertura de rede no país, outras cidades comecem a receber o 5G DSS. Porém, a conexão não será a mesma.
O que falta no DSS é principalmente a baixa latência do 5G real —isto é, o tempo de reação entre o dado ser enviado para a rede e voltar ao aparelho. Isso é essencial, por exemplo, para objetos conectados, como carros autônomos, respondam aos comandos da rede de forma imediata.
No cronograma para a cobertura da rede no país, as operadoras receberam os seguintes prazos:
- Cidades com mais de 500 mil habitantes: até julho de 2025
- Cidades com mais de 200 mil habitantes: até julho de 2026
- Cidades com mais de 100 mil habitantes: até julho de 2027
- Cidades com mais de 30 mil habitantes: até julho de 2028.
(*) Com informações das matérias de Guilherme Tagiaroli e Abinoan Santiago