Por Cassandra Garrison
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) – A Telmex, empresa de telecomunicações mexicana controlada pela família do magnata Carlos Slim, chegou a um acordo com o sindicato local nesta sexta-feira para encerrar a primeira greve de trabalhadores da empresa desde 1985, disseram a empresa e a ministra do Trabalho mexicana, Luisa Alcade.
Na quinta-feira, a paralisação começou na quinta-feira, depois que negociações fracassaram sobre diversos pontos que, segundo os sindicalistas, violavam um acordo coletivo de trabalho. Entre os temas, estavam a terceirização, cerca de 2 mil vagas não preenchidas acertadas anteriormente e mudanças nos benefícios contratuais para novas contratações.
O horário e data da suspensão da greve ainda estavam “pendentes”, disse um representante do sindicato à Reuters.
“O acordo assinado hoje não apenas alcança o fim da greve, mas também busca uma solução substantiva e duradoura”, disse a América Móvil, controladora da Telmex, em comunicado.
Os dirigentes sindicais pediram na tarde de quinta-feira aos trabalhadores que votassem uma proposta mediada pelo Ministério do Trabalho que criaria um grupo composto por representantes da empresa, do sindicato e mediadores do governo.
O grupo deve buscar apresentar soluções dentro de 20 dias para “passivos trabalhistas, vagas não preenchidas e o futuro regime previdenciário”, disse a América Móvil.
A votação dos membros do sindicato, conhecido como STRM e que representa cerca de 60 mil trabalhadores, mostrou 86% a favor do acordo nesta sexta-feira, disse um membro da entidade.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse mais cedo que esperava que Telmex e seus funcionários chegassem a um acordo no final do dia ou no sábado.
“(Slim) me disse que (a Telmex) saiu à frente dos concorrentes por causa de seus trabalhadores. Então acho que eles chegarão a um acordo”, disse López Obrador a jornalistas.
(Por Cassandra Garrison e Aida Pelaez-Fernandez)