Aplicativos falsos do WhatsApp serão bloqueados automaticamente da loja de apps do Google. A mudança foi destacada por Will Cathcart, diretor do WhatsApp, na última semana.
Em várias publicações no Twitter, o executivo afirmou que a empresa ampliou os recursos de segurança da plataforma e reforçou que “nunca é uma boa ideia” baixar versões falsas ou modificadas do WhatsApp — programas do tipo geralmente oferecem recursos extras.
“Esses aplicativos parecem inofensivos, mas podem contornar as garantias de privacidade e segurança”, escreveu.
Como o Google faz o bloqueio
O Google Play Protect, sistema que analisa a segurança dos aplicativos para o Android, está detectando e desativando de modo automático programas falsos e maliciosos envolvendo o WhatsApp, de acordo com o executivo. E isso antes que eles sejam baixados pelos usuários.
Segundo o chefe do WhatsApp, a equipe de segurança do serviço descobriu um malware (programa malicioso) oculto no aplicativo “Hey WhatsApp”, de um grupo de desenvolvedores chamado “HeyMods”.
“Esses aplicativos prometiam novos recursos, mas eram apenas uma farsa para roubar informações pessoais armazenadas nos telefones das pessoas. Compartilhamos o que encontramos com o Google e trabalhamos com eles para combater os aplicativos maliciosos”, acrescentou.
These apps promised new features but were just a scam to steal personal information stored on people’s phones. We’ve shared what we found with Google and worked with them to combat the malicious apps.
— Will Cathcart (@wcathcart) July 11, 2022
Nas publicações, Cathcart ainda pediu que usuários da plataforma avisem a amigos e familiares sobre os riscos de se usar as versões modificadas do programa original: “Incentive-os a usar apenas o WhatsApp de uma loja de aplicativos confiável ou diretamente do nosso site.”
If you see friends or family using a different form of WhatsApp please encourage them to only use WhatsApp from a trusted app store or our official website directly at https://t.co/YAJdT4emYv.
— Will Cathcart (@wcathcart) July 11, 2022
“Proibidões” do WhatsApp
Essa não é a primeira iniciativa do grupo Meta (também dono do Facebook e do Instagram) para coibir o uso de aplicativos que imitam o WhatsApp.
A empresa já anunciou publicamente que usar programas que não sejam o oficial viola os Termos de Serviço da companhia. Sendo assim, a pessoa pode ter sua conta banida do WhatsApp. Apps populares como GB WhatsApp e WhatsApp Plus chegaram a ser citados pela companhia como proibidos.
Por que os clones do WhatsApp fazem sucesso
Para alguns usuários, o WhatsApp possui recurso limitados. E, para abocanhar essa gama de insatisfeitos, programadores de software anônimos passaram a criar apps piratas a partir da versão oficial.
Esses programas imitam o original e oferecem mais funcionalidades, como:
- Envio de áudio e vídeo de no máximo 100 MB.
- Ocultar o “visto por último”, status online e quando você visualizar uma mensagem
- Não mostra quando você está digitando ou gravando áudio.
- Novos pacotes de emojis.
- Status mais longos com possibilidade de usar até 250 caracteres, além de download direto no celular.
- Uso de fontes e cores de textos diferentes.
- Senha para abrir o aplicativo e/ou proteger conversas que o usuário desejar.
- Grupos com maior número de participantes.
- Recurso que impede que os outros usuários apaguem as mensagens para você.
- Agendamento do envio de mensagens.
Além dos mencionados acima, outros programas do tipo são: OGWhatsApp, o WhatsMapp e o Whatsapp 2 — existem outras variações.
“Continuaremos nossos esforços para detectar e bloquear esses tipos de aplicativos daqui para frente. Também estamos tomando medidas de fiscalização contra os HeyMods para impedir danos futuros e exploraremos ainda mais as opções legais para responsabilizar os HeyMods e outros como eles”, afirmou Cathcart.
We’ll of course continue our efforts to detect and block these kinds of apps going forward. We’re also taking enforcement action against HeyMods to stop future harm, and will further explore legal options to hold HeyMods and others like them accountable.
— Will Cathcart (@wcathcart) July 11, 2022