Huawei Watch GT3 é robusto nas funções e dispensa visual ‘sci-fi’


Confesso que sempre tive um preconceito com smartwatches. E um dos principais motivos era a aparência desses relógios inteligentes, que normalmente se afastam dos tradicionais e chamam muita atenção no pulso. Um exemplo é o Apple Watch, com seu típico design quadrado.

Esse foi um dos pontos que me surpreenderam positivamente no Huawei Watch GT3. No Brasil, a empresa vende duas versões, cada uma com dois acabamentos disponíveis:

  • A maior, de 46 mm, sai por R$ 1.999 na versão Clássico, com pulseira de couro; e R$ 1.899 na versão Active, com pulseira emborrachada.
  • A menor, de 42 mm, sai por R$ 1.799, em ambas as opções de acabamento.
  • Há ainda o Watch GT Runner, um modelo com recursos mais avançados, para praticantes de corrida, que custa R$ 2.199.

Da esteira ao escritório

Testei o Active de 46 mm. E, de cara, posso dizer que fiquei realmente impressionado.

Até o unboxing já começa agradável: o produto chega numa caixa de visual bem “premium”, que também traz uma base de carregamento sem fio (a ser conectada em um carregador tradicional, não incluído).

No design, o Huawei Watch GT3 optou por parecer ao máximo com um relógio convencional. Ainda que a versão testada tenha a pulseira de borracha, que dá um ar mais esportivo, ele não fica em nenhum momento com cara de “brinquedo”. O acabamento é de boa qualidade, sem qualquer tipo de rebarba ou item que destoe do conjunto (ou que atrapalhe o uso).

Nas laterais, há apenas dois comandos: uma coroa giratória, que serve para navegar pelos aplicativos, e um botão que serve como atalho para os modos de treino. É útil quando se quer evitar ficar navegando pelos menus até encontrar a opção desejada.

Por fim, contribui para o aspecto discreto a vasta opção de temas para o mostrador. Assim, o uso é mais versátil: você pode escolher um mostrador que tenha dados sobre seu exercício enquanto pratica alguma atividade; e depois mudar para um display mais clássico, quando for ao trabalho ou em eventos formais.

Huawei Watch GT3 - Rodrigo Lara/Tilt - Rodrigo Lara/Tilt
Imagem: Rodrigo Lara/Tilt

Funções para a saúde – e além

Como todo smartwatch que se preze, o GT3 traz uma série de recursos voltados à coleta de dados durante exercícios e ao monitoramento da saúde em tempo integral. Há funções pré-programadas para acompanhar corridas ao ar livre e em esteira, ciclismo, natação (o relógio é à prova d’água e resiste a até 50 m de profundidade) e até modalidades pouco comuns no Brasil, como esqui. Você também pode personalizar esse monitoramento.

Ele pode detectar batimentos cardíacos, níveis de stress e saturação de oxigênio (algo útil em tempos de Covid-19). E também acompanha o sono, para quem não se incomoda em dormir com um relógio no pulso (o que, definitivamente, não é o meu caso).

Todas essas funções são acessadas de forma rápida. Mérito do sistema HarmonyOS 2.1, que garante transições de tela suaves e não apresenta travamentos.

Esses dados são pareados com o aplicativo Huawei Health, que funciona como um histórico de atividades. Por tabela, esse app se integra a monitores de saúde nativos de aparelhos Android e iOS.

Por fim, há apps de agenda, mapas (compatível apenas com celulares Android), bússola, cronômetro, altímetro, entre outros.

Com tantos recursos, a bateria não vai para o espaço? Pode usar ele sem medo: segundo a fabricante, a bateria dura três dias. Mas, considerando que, na vida real, não ficamos com o relógio no pulso o tempo todo, essa autonomia tende a ser consideravelmente maior.

Huawei Watch GT3 - Rodrigo Lara/Tilt - Rodrigo Lara/Tilt
Imagem: Rodrigo Lara/Tilt

Melhor com Android

Mesmo com todas essas qualidades, confesso que não pude aproveitar o Huawei Watch GT3 ao máximo. E por um motivo bastante prosaico: meu celular pessoal é um iPhone.

A incompatibilidade impede, por exemplo, a instalação de novos apps ou o armazenamento de músicas (aliás, uma integração com aplicativos de streaming seria muito bem-vinda). Algumas funções, como os mapas, também ficam limitadas.

Além disso, também enfrentei alguns problemas de pareamento com o meu iPhone. Sem motivo aparente, o relógio parou mais de uma vez de sincronizar dados com o celular. O processo de reconexão foi tortuoso e pouco prático – em uma das vezes, a solução foi retornar o GT3 para as configurações de fábrica.

Mesmo com esse asterisco no currículo, não dá para negar que o Huawei Watch GT3 é um gadget completo. É robusto nas funções e tem bom desempenho. E, para quem quer um smartwatch que não pareça um produto de ficção científica no pulso, o visual de bom gosto acaba sendo um tremendo ponto a favor.

Huawei Watch GT3 - Rodrigo Lara/Tilt - Rodrigo Lara/Tilt
Imagem: Rodrigo Lara/Tilt



Source link

Se inscreva na nossa Newsletter

Veja Mais

Sem categoria

Entrevista com Sérgio Buniac, presidente global da Motorola

Tilt: Como vocês têm lidado com as concorrentes chinesas? Chega a ser um problema ou passa longe de ser uma preocupação? SB: Podemos competir com qualquer fabricante de qualquer região. Não é fácil, mas somos competitivos – não custa lembrar que somos chineses também [a chinesa Lenovo é dona da Motorola Mobility]. Sobre ser uma

Sem categoria

5G pode atrasar em até 60 dias em 15 capitais brasileiras

O Grupo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que acompanha a limpeza das faixas para ativação do 5G propôs, nesta sexta-feira, 12, mais 60 dias de prazo para que a tecnologia comece a rodar em 15 capitais brasileiras, a maioria delas localizada nas regiões Norte e Nordeste. O conselho diretor da Anatel ainda precisará aprovar