Os secadores de mão com jato de ar — comuns em banheiros públicos — espalham mais bactérias do que mantêm as mãos limpas. É o que destaca um vídeo que viralizou nesta semana na internet. As imagens mostram testes de laboratório que provam como esses equipamentos são capazes de gerar uma “nuvem” de sujeira no ambiente, com colônias de bactérias e bolor.
Só no Twitter, o vídeo foi curtido por 148,3 mil pessoas e compartilhando mais de 47,3 mil vezes. Equipamentos do tipo são populares, pois usam jatos de ar para remover as gotículas de água das mãos.
Jatos de bactérias
No vídeo “How Germy Is It” (algo como: “Quantos Germes Tem Nisso, em português), o narrador utiliza luvas e recipientes especiais para coletar amostras de diferentes secadores em banheiros coletivos. A ideia foi simular o processo normal de uso após a lavagem das mãos.
O primeiro material da análise foi retirado do ambiente do banheiro, como se a pessoa apenas sacudisse as mãos no ar para secar. O resultado não apresenta contaminações visíveis.
O segundo teste foi feito em um secador de ar no mesmo local. A amostra apresenta uma espessa camada de bactérias. Todas as coletas dos equipamentos seguintes tiveram o mesmo padrão.
Por que os secadores fazem isso?
O equipamento não cria bactérias, e poucas delas ficam impregnadas em seu bocal. O problema está no jato de ar que sai dele na hora da secagem.
O banheiro é um local com coliformes fecais e outras bactérias. Por serem aerossolizadas, elas se misturam com o ar do ambiente. Quando ligados, os secadores “sugam” esse ar contaminado e as sopram de volta nas mãos.
Para ter uma ideia, se uma pessoa der descarga com a tampa aberta, é criada uma névoa de bactérias bem fina, como um spray. Essa camada pode se espalhar por cerca de 6 metros quadrados. Por isso, a recomendação é sempre fechar a tampa do sanitário antes.
O tempo de secagem das mãos leva em torno de 30 segundos. Considerando que, em média, um adulto vai ao banheiro cerca de 8 a 10 vezes por dia, a soma chega a 4 a 5 minutos de uso diário do secador por pessoa.
E, caso o local tenha sido utilizado por uma pessoa infectada com um vírus, o risco é ainda maior, pois o ambiente do banheiro pode continuar com os germes por horas.
Como secar as mãos da melhor forma?
Segundo estudos, o bom e velho papel descartável é melhor do que os secadores.
Em hospitais, por exemplo, os secadores de ar podem espalhar micróbios para os itens esterilizados ou utilizados pelos profissionais de saúde, representando um risco no dia a dia.
*Com informações do site FastCompany