Lançado da Nova Zelândia em 28 de junho, o satélite Capstone da Nasa foi bem sucedido em romper a órbita da Terra nesta segunda (4) para seguir rumo ao seu destino final: a órbita lunar.
O equipamento integra a missão que planeja levar novamente astronautas para para pisar na Lua.
O Capstone irá explorar uma nova órbita lunar, chamada de Halo, que tem um percurso mais retilíneo e oval. A importância de testar esse trajeto é que ele reduz o uso de combustível e permite que o satélite (ou uma futura estação espacial) fique em contato mais estável com a Terra.
O Capstone está previsto para chegar lá em novembro. Isso porque ele viaja pelo espaço com baixo gasto de energia, usando sua própria propulsão e a gravidade do Sol para percorrer o restante do percurso.
Uma bela economia de dinheiro
O projeto fornece um novo ponto de vista nas explorações espaciais por conta do baixo custo. A NASA investiu US$ 32,7 milhões. E isso pode abrir espaço para mais missões posteriores de sucesso, sem precisar gastar bilhões.
O Capstone tem o tamanho de um micro-ondas e pesa cerca de 25 quilos. Ele foi lançado para fora da Terra pela empresa Rocket Lab, acoplado em um de seus pequenos foguetes, o Electron.
Outra parceira da NASA é a americana Advanced Space, proprietária e operadora do satélite.
“O Capstone é um desbravador de várias maneiras e demonstrará diversas capacidades tecnológicas durante o período de sua missão, enquanto navega em uma órbita nunca antes voada ao redor da lua”, disse Elwood Agasid, gerente de projeto do Capstone, no Centro de Pesquisa da NASA.
Da Lua para o espaço profundo
“Esse é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade”. A popular frase dita por Neil Armstrong, primeira pessoa a pisar na Lua em 1969, ainda ecoa na história. Desde então, a humanidade ainda não retornou presencialmente por lá. E essa é uma das grandes ambições atuais da Nasa.
A Capstone integra o Programa Artemis, projeto de voo espacial tripulado desenvolvido pela Nasa. Ele está fornecendo uma das bases de dados para a construção do Gateway, um posto avançado na órbita da Lua, que fornecerá suporte para o retorno de astronautas à superfície lunar. A estação também servirá como ponto de partida para a exploração do espaço profundo.
Durante seu percurso, o Capstone promete ainda fornecer informações importantes para alavancar a tecnologia de lançamentos posteriores da Nasa. Um deles é o Sistema de Posicionamento Autônomo Cislunar, que permitirá que naves entendam melhor sua posição no espaço, sem depender exclusivamente do rastreamento na Terra.