O primeiro iPhone, apresentado por Steve Jobs em 9 de janeiro de 2007, começou a ser vendido no dia 29 de junho do mesmo ano, há exatos 15 anos. O celular “revolucionário”, segundo a Apple, unia características do iPod, telefone e de um comunicador móvel de internet.
E a chegada do aparelho, de fato, influenciou o mercado de smartphones. Pela primeira vez, a Apple lançava (e popularizava na sequência) um celular sem teclados, sensível ao toque, que funcionava como um pequeno computador de mão.
Relembre a seguir 10 fatos sobre o primeiro iPhone — também conhecido como iPhone 2G — e o que esperar dos próximos lançamentos da Apple.
1. Filas ficaram famosas
O início da venda do iPhone de 1ª geração ficou marcado pelas grandes filas de consumidores nas lojas da Apple ao redor do mundo.
A novidade era tão cobiçada que algumas pessoas acampavam para ter sua unidade no lançamento.
2. “Telona” de 3,5 polegadas
O iPhone número 1 tinha tela sensível a toques simultâneos e aquele monte de quadradinhos de app alinhados para serem escolhidos a dedo. Você então podia deslizar para desbloquear.
O dispositivo tinha um display de 3,5 polegadas (8,89 cm). Para se ter uma ideia, o iPhone 13 Pro Max, o maior e mais recente da empresa, conta com uma tela que mede 17 cm na diagonal, praticamente o dobro.
Contudo, na época, essa tela era considerada grande para os padrões.
3. Uma única câmera
O aparelho tinha apenas uma câmera na traseira de 2 megapixels — nada de câmera selfie, que só apareceu em outras edições do celular da Apple.
4. Três opções de memória
O primeiro iPhone tinha opções de 4 GB, 8 GB ou 16 GB. Nem se compara com a opção de 1 TB, oferecida nos telefones mais avançados e caros da Apple.
5. Nada de App Store
Lá em 2007, o sistema operacional iOS era uma novidade. Para transferir músicas e fazer backup as pessoas tinham que usar o iTunes, o mesmo software de sincronização de dados dos antigos iPods.
Não havia serviços de streaming de música; as pessoas compravam músicas (ou baixavam ilegalmente) e depois transferiam para seus telefones para ouvir.
Aplicativos para baixar nem existiam no lançamento. Somente em 2008 a Apple lançou loja App Store e passou a oferecer programas de terceiros.
Antes disso, o consumidor só tinha acesso aos aplicativos que já vinham instalados pela própria fabricante ou embarcados por operadoras.
6. iPhone custava US$ 499
A primeira versão do iPhone custava US$ 499 nos EUA (em torno de R$ 2.602,33, em valores atuais).
7. Não vendeu no Brasil
O primeiro iPhone a ser vendido no Brasil foi o iPhone 3G, lançado em 2008. Ele era uma versão atualizada do primeiro iPhone e incorporava a rede de telefonia celular de terceira geração, com internet.
No lançamento brasileiro, era possível comprar um aparelho por valores entre R$ 950 e R$ 2.600. Corrigidos pela inflação, esses valores hoje ficariam entre R$ 1.800 e R$ 4.700.
A opção mais barata na loja da Apple no Brasil atualmente é o iPhone SE (2022), que custa R$ 3.699.
8. Milhões de celulares vendidos
Em 2007, em apenas 2 meses e meio de vendas (74 dias), a Apple atingiu a marca de 1 milhão de iPhones vendidos.
9. Fim dos botões na concorrência
A partir do lançamento do iPhone 2G, muitas fabricantes foram deixando de lado os teclados físicos. As telas sensíveis ao toque ganharam o mercado.
Contudo, a concorrência investiu mais pesado em designs com telas maiores, o que atraia os consumidores. A Samsung foi pioneira nisso, com o Galaxy Note de 2012 e seu display de 5,3 polegadas.
A Apple precisou correr atrás do prejuízo, mas demorou anos para isso. Só em 2014, a empresa lançou um iPhone equivalente: o iPhone 6 Plus e sua tela de 5,5 polegadas.
10. Quantos iPhones já foram lançados?
Até o momento, a Apple já lançou e vendeu 34 modelos de iPhone. O último foi o iPhone SE de 3ª geração.
O que esperar do futuro?
A próxima família de celulares da Apple deve ser chamada de iPhone 14. Rumores indicam que serão quatro novos modelos de celulares, com lançamento previsto para setembro deste ano. Um novo processador é quase certo que exista, pois todos os anos a empresa destaca melhorias nessa área. Seria o A16 Bionic.
Confira a seguir o que esperar, segundo especulações do mercado:
- Mudança de visual importante com um entalhe (que integra a câmera frontal e sensores) menor, em formato de pílula nos segmentos de entrada ou até mesmo apenas um pequeno círculo nos modelos Pro. Talvez, ainda não será o fim do notch de vez.
- Novo mecanismo de eficiência térmica para poupar bateria e aumentar a duração do aparelho.
- Versão mini (com tela de 5,4 polegadas) aposentada.
- Mudança de nomes. Rumores mais recentes dizem que a Apple pode voltar a usar a nomenclatura Plus na nova família, por exemplo, iPhone 14 Plus. Atualmente, ela oferece versões Mini, Pro e Pro Max.
- Câmeras mais potentes. Uma delas pode ter um sensor de 48 MP. Há anos a Apple trabalha com 12 MP em suas lentes. Na parte de vídeos, uma delas pode gravar imagens em resolução 8K.
- Conectividade via satélite para situações de emergência. A ideia é de que os telefones tenham esse tipo de conexão para emergências ou como substituto de redes de telefonia comum em regiões remotas.
- Fim da entrada lightning, usada para conectar o cabo que carrega a bateria.
*Com matéria de Letícia Naisa e especial de Tilt sobre a evolução do iPhone