A Samsung alterou os nomes de celulares dobráveis, Galaxy Z Fold 3 e Flip 3, em países como Estônia, Letônia e Lituânia, recentemente, removendo a letra Z dos smartphones. A mudança está relacionada à associação da letra Z ao exército russo, que utiliza o símbolo em tanques e outros elementos de guerra.
Essa alteração ainda não foi aplicada às URLs dos sites ou aos menus, mas já é válida nas principais áreas da interface e da loja online. Além disso, a Samsung deixou de vender smartphones na Rússia como forma de boicotar o país.
A empresa utiliza letras em diversos aparelhos como elemento diferenciador. No caso dos celulares dobráveis, foi escolhido o Z, pois a letra sugere o movimento de desdobrar.
De acordo com o podcast de tecnologia espanhol mixx.io, a Samsung também considera a ideia de mudar os nomes dos dobráveis em outros países europeus, como a Espanha. O UOL entrou em contato com a assessoria da Samsung no Brasil para confirmar a informação, mas até o momento a empresa ainda não se posicionou.
Símbolo polêmico
A Ucrânia chegou a pedir aos estados que evitassem o Z como símbolo, pois poderia ser entendido como apoio à invasão russa. A letra, bem como a letra V, não faz parte do alfabeto cirílico utilizado na região, sendo reapropriado na esfera civil como um símbolo totalitarista.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, Z é a a inicial para “Za pobedu” (“Pela vitória”), enquanto o V pode representar tanto “Cila v pravde” (“Força está na verdade”) quanto “V zadatsa vipolnena” (“A tarefa será concluída”).
O símbolo teve uma exibição polêmica em março, após o ginasta russo Ivan Kuliak, subir ao pódio com uma letra Z feita com esparadrapos. na altura do peito, onde deveria ficar o símbolo do seu país. Ao seu lado, estava um atleta ucraniano