O que você considera na hora de comprar lâmpadas para sua casa? O preço? Esse fator, claro, é importante, mas ele não deve ser o único critério. O fluxo luminoso do produto deve ser adequado ao ambiente para fazer o investimento valer a pena. Existem também modelos com materiais que prometem maior economia de energia.
“Muitas vezes compramos a lâmpada mais barata, mas nem sempre é a melhor opção”, ressalta o professor Francisco Xavier Sevegnani, do departamento de engenharia elétrica do Centro Universitário FEI, de São Bernardo do Campo (SP).
Um fluxo luminoso de 150 lumens (unidade de medida relacionada), por exemplo, é suficiente para iluminar uma sala de 10 m². Logo, as lâmpadas adequadas para isso precisam ter:
- 150 W no tipo incandescente.
- 25 W na fluorescente.
- 15 W na de LED.
Confira a seguir mais dicas de quem manja para iluminar bem a sua casa.
1. Dê preferência para as lâmpadas de LED
As lâmpadas de LED viraram padrão na indústria nos últimos anos, em substituição às incandescentes e às fluorescentes. Uma das principais vantagens desses modelos é a sua eficiência energética.
“São recomendadas para quem quer economizar na conta de luz. Elas são imbatíveis nesse quesito, com consumo 90% inferior em comparação às fluorescentes, que por sua vez já consumiam 80% a menos do que as incandescentes”, explica Bruno Lima, coordenador do curso de engenharia elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas (SP).
Além de gastarem menos, elas também têm vida útil maior, de cerca de 15 mil horas.
Fora as lâmpadas LED em formato convencional, há também os painéis de LED. “Esses painéis são um tipo de luminária que proporciona uma iluminação altamente eficiente. Eles utilizam fitas de LED estão disponíveis em vários formatos, como quadrados, retangulares, redondos, curvos e de borda infinita”, acrescenta Sevegnani.
Painéis do tipo são interessantes de serem instalados em ambientes nos quais se precisa de uma iluminação sem origem de luz concentrada, como em cozinhas e corredores.
Por serem compostos de vários LEDs, eles consomem um pouco mais do que uma única lâmpada LED. Esse consumo de energia, no entanto, não tende a trazer um diferencial notável para a sua conta de luz.
Sendo assim, sempre que possível opte por lâmpadas ou painéis de LED. Já outros tipos de lâmpadas, como as incandescentes, devem ser usadas mais em caráter decorativo, não na função de ser o produto principal a iluminar a sua residência.
2. Escolha a tonalidade de acordo com o ambiente
Quem já comprou uma lâmpada branca de LED percebeu que, além dos Watts, elas trazem um número que indica a temperatura da luz emitida, geralmente em Kelvin (K). Grosso modo, a luz emitida pode ser mais branca ou mais amarelada — quanto mais alto for o número que antecede o “K”, mais branca será a luz.
Muita gente não liga para isso, porém saber escolher a temperatura da luz de acordo com o ambiente pode trazer não apenas benefícios estéticos à sua casa, mas também para quem vive nela.
“Existem diversos estudos que mostram que tons de luz mais frios nos deixam mais alertas. A luz branca, por exemplo, praticamente interrompe a produção de melatonina, o hormônio do sono, e a exposição a ela nos causa um despertar, explica Rosana Cardoso Alves, neurologista e especialista em Medicina do Sono do Fleury Medicina e Saúde. “A luz é muito importante para a regulação do nosso ciclo circadiano e do nosso ciclo de sono.”
Sendo assim:
- Em espaços nos quais precisamos estar mais alertas, como em um escritório, banheiro ou cozinha, o ideal é que a iluminação use tons de branco mais frios.
- Em ambientes nos quais o conforto deve ser priorizado, como no quarto ou numa sala de jantar, os tons mais amarelados tendem a criar uma atmosfera mais aconchegante.
- Tons mais neutros, por sua vez, podem ser adotados em cômodos de uso mais genérico, como em corredores ou sala de estar.
3. Aposte em lâmpadas inteligentes
Outra solução que pode mudar a iluminação da sua casa são as lâmpadas inteligentes. Elas surfaram na popularidade crescente de assistentes como a Amazon Alexa e o Google Home. Hoje, é possível encontrar modelos de lâmpadas do tipo a preços mais acessíveis.
Pela sua forma de funcionar, elas tendem a proporcionar uma economia de energia ainda maior do que as lâmpadas de LED. “Lâmpadas inteligentes podem reduzir o consumo de uma casa, especialmente por poderem ser programadas. Elas acabam tendo um uso mais otimizado”, diz Lima.
Além de poder programar quando essas luzes acendem e apagam, esses modelos também trazem ajustes interessantes, como o de intensidade da iluminação, temperatura de branco e até mesmo de cores.
Com isso, as luzes inteligentes têm um papel de “coringa” na iluminação de uma casa. Usadas em uma sala, por exemplo, elas podem mudar o clima do ambiente, de acordo com a configuração escolhida.
É possível criar desde um ambiente aconchegante para assistir a filmes, um ambiente mais claro caso você deseje ler ou até colorido na hora de receber os amigos para uma festa.