veja as impressões de quem já usou em Brasília


Primeira capital do país autorizada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) a ter o 5G “puro”, Brasília amanheceu nesta quarta-feira (6) com pessoas aclamando ou reclamando da velocidade da internet em seus dispositivos móveis.

A liberação antecipada do uso da faixa de frequência 3,5 GHz trouxe para clientes da Vivo, Claro e Tim uma conexão com velocidade até 100 vezes maior que a do 4G.

Nas redes sociais, muitos comemoram a novidade. “Minha Internet 5G tá uma bala”, escreveu um internauta identificado como Caique Melo.

“Hoje foi liberado o 5G em Brasília. Se liga nessa velocidade. Surreal demais. Tá mais rápido do que minha cabeada de 500 MB”, comentou outro usuário chamado Alexandre Lage.

No entanto, nem todo mundo conseguiu acessar a internet móvel de velocidade ultrarrápida nesse primeiro dia. O alcance limitado das antenas irritou alguns clientes das operadoras, que esperavam poder experimentar a novidade.

“A Claro compra espaço de propaganda para falar de como vai ser pioneira no 5G em Brasília. Realidade? Não tem sinal 5G”, reclamou uma usuária do Twitter. “O tal do 5G da Tim não chegou em Brasília, na Asa Sul, Plano Piloto”, escreveu outro usuário.

De acordo com os clientes, o principal problema era a velocidade incompatível com o prometido pelo sinal 5G. Nas imagens dos testes feitos, a velocidade de download não ultrapassou 20 Mb/s. Com a internet ultrarrápida, deveria ser de no mínimo 100 Mb/s, mas geralmente chega a valores como 500 Mb/s.

Também há relatos de clientes de que a rede 4G está com sinal mais fraco após a implantação do 5G em Brasília. “5G da TIM bombando (só que não) no centro de Brasília na Asa Norte. O sinal 4G fez foi piorar!”, afirmou o cliente Diego Schueng.

De acordo com a Anatel, as próximas capitais a terem 5G “puro” (que não divide a frequência com o 4G) serão Belo Horizonte, Porto Alegre, João Pessoa e São Paulo. Ainda não há definição das datas.

Como funcionam as faixas e o 5G “puro”?

O leilão do 5G, realizado em novembro, foi dividido na oferta de lotes nacionais e regionais dentro de quatro faixas.

  • 700 MHz: para distribuir o 5G e melhorar a cobertura do 4G;
  • 2,3 GHz: idem acima;
  • 3,5 GHz: a mais concorrida, por ser 5G “puro”, voltado para o consumidor final;
  • 26 GHz: 5G “puro” para banda larga fixa.

No caso de Brasília, a cidade recebeu autorização para usar a 3,5 GHz, a mais disputada exatamente por oferecer internet de quinta geração para os usuários finais.

O 5G “puro” (também conhecido como 5G SA, ou “stand-alone”) é chamado assim porque é emitido a partir de uma infraestrutura totalmente nova e dedicada somente a ele. A faixa de frequência é exclusiva. Por exemplo, o 5G não precisa depender das rede 4G já existentes para funcionar 100%, como acontece hoje com testes já iniciados no Brasil.

Sendo assim, o 5G consegue ser mais rápido e ter menos latência (tempo de resposta).



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