TikTok removeu mais de 20 milhões de contas no primeiro trimestre de 2022, por suspeitar que pertenciam a menores de 13 de anos, infringindo as políticas da plataforma. Os dados fazem parte do novo Relatório de Aplicações de Diretrizes da Comunidade, divulgado nesta quinta (30).
No total, a rede social removeu mais de 44 milhões de contas no mundo todo entre janeiro e março. Além das que poderiam pertencer a crianças, também foram eliminadas 20 milhões identificadas como falsas e outras 3,3 milhões por motivos diversos.
A remoção de vídeos também atingiu um recorde histórico: 102 milhões. O motivo mais frequente foram imagens que colocavam em risco “segurança de menores”, seguido de perto por “atividades ilegais e mercadorias não regulamentadas” e “nudez de adultos e atividades sexuais”.
O Brasil foi o quinto país com mais vídeos deletados: 4,7 milhões. O primeiro lugar coube aos EUA, com 14 milhões. O resto do top 5 foi ocupado por Paquistão (12,5 milhões), Filipinas (7,9 milhões) e Indonésia (6,9 milhões).
A empresa também está de olho em quem tenta inflar as próprias métricas. Ainda nesse primeiro trimestre de 2022, foram eliminados mais de 623 milhões de seguidores falsos e 248 milhões de curtidas falsas.
De olho na guerra
O Relatório também dedicou um tópico separado só para lidar com as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de março.
Foram deletados mais de 41 mil vídeos sobre o conflito. A maioria esmagadora (87%) foi considerada como informação enganosa ou prejudicial.
Mais de 13 mil foram avaliados por checadores humanos no mundo todo. Vídeo cuja veracidade das informações não pode ser confirmada receberam esse alerta — cerca de 5,6 mil casos.
Além disso, as diretrizes da plataforma passaram a incluir cláusulas sobre informações provenientes de órgãos controlados pelo Estado: 49 contas ligadas ao governo da Rússia foram rotuladas dessa maneira.
No total, também foram derrubadas outras 204 contas e 6 redes articuladas que coordenavam conteúdos para “influenciar a opinião pública e enganar os usuários acerca das suas identidades”, segundo o relatório.