Suécia realiza cúpula ambiental 50 anos após a primeira – 01/06/2022


Estocolmo, 1 Jun 2022 (AFP) – Os líderes mundiais se reúnem nesta quinta e sexta-feira em Estocolmo, na Suécia, para uma cúpula por ocasião do 50º aniversário da primeira Conferência das Nações Unidas sobre o medio ambiente, cujos organizadores esperam resultados concretos.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente que aconteceu em Estocolmo, em 1972, foi a primeira reunião mundial de alto nível dedicada ao assunto.

Os participantes adotaram a Declaração de Estocolmo que continha 26 princípios relativos ao desenvolvimento econômico e à proteção do meio ambiente.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e o enviado especial do presidente dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, estão entre as personalidades que comparecerão ao evento.

Em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (1º), Guterres lamentou que a guerra na Ucrânia tenha diminuído o protagonismo sobre a urgência da crise climática.

“O sentido de urgência no debate sobre o clima foi afetado pela guerra na Ucrânia”, declarou Guterres ao lado da primeira-ministra sueca Magdalena Andersson.

“Esta guerra mostra até que ponto o mundo é vulnerável com sua dependência de energias fósseis”, acrescentou.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), uma organização criada com motivo da primeira conferência de Estocolmo, a cúpula desta semana ocorre no contexto das crises “da mudança climática, da perda da biodiversidade e dos recursos, da poluição e do desperdício”.

“É por isso que em Estocolmo precisamos de ações ousadas […] É preciso evitar a fragmentação”, opinou em comunicado o diretor do Pnuma, Inger Andersen.

Entre os temas abordados estão a urgência da ação frente à mudança climática, as consequências da pandemia de covid-19 e a introdução dos critérios ambientais no desenvolvimento.

O ministro sueco encarregado dos assuntos europeus Hans Dahlgren compareceu à primeira conferência em 1972 como jornalista da televisão sueca.

Aquela reunião foi “o ponto de partida da colaboração internacional que, entre outras coisas, levou ao Acordo de Paris sobre o Clima em 2015”, explicou.

Meio século depois, a principal diferença é o senso de “urgência” e o fato de já existirem estruturas instaladas para enfrentar o problema, disse.

Mas os defensores da luta contra a mudança climática expressaram sua frustração diante da falta de ação dos líderes mundiais.

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