Regiões separatistas pró-Rússia bloqueiam Google no leste da Ucrânia


Autoridades de duas regiões separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia anunciaram nesta sexta-feira (22) que bloquearam o mecanismo de busca do Google, acusando a empresa americana de promover a violência contra os russos.

“Decidimos bloquear o Google no território” de Donetsk, disse o líder separatista Denis Pushilin no Telegram, acusando a gigante americana de promover “terrorismo” e “violência contra todos os russos, especialmente a população do Donbass”.

“Se o Google parar de aplicar sua política criminal e voltar a seguir a lei, a moral e o bom senso, não haverá obstáculo para suas operações”, acrescentou. Pushilin acusou o Google de trabalhar “abertamente a pedido de seus curadores no governo dos EUA”.

A província vizinha separatista de Luhansk tomou a mesma ação na quinta-feira, de acordo com seu líder rebelde local, Leonid Passechnik.

“A guerra não é apenas os mísseis que caem sobre nossas cidades, mas também a nuvem de informações falsas que a Ucrânia nos envia. Infelizmente, o Google se tornou sua principal arma”, acusou.

“Podemos prescindir do Google. Se eles melhorarem, se começarem a respeitar as pessoas, consideraremos restaurar” o mecanismo de busca, acrescentou.

Donetsk e Luhansk se autoproclamaram repúblicas independentes em 2014 e ambas as regiões compõem a bacia de mineração do Donbass, parcialmente controlada por separatistas pró-russos desde aquele ano e que atualmente concentra combates entre forças russas e ucranianas.

Autoridades separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, como a Rússia, tentaram reforçar seu controle sobre as informações desde que Moscou lançou sua ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro.

A Rússia adotou novas leis que punem a publicação do que as autoridades consideram “informações falsas” sobre o exército ou suas operações militares no exterior com penas de prisão.

As autoridades russas bloquearam o acesso às redes sociais Instagram, Facebook e Twitter e tomaram medidas legais contra a gigante de tecnologia Meta, acusada de espalhar “apelos para matar” russos.





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