A categoria mais disputada nesta edição do Tilt Lab Day foi a de fones de ouvido voltados para música. Ela reuniu produtos premium, com um cuidado meticuloso para entregar cada nuance de áudio. O preço acima da média também é notável no design e na qualidade luxosa dos materiais.
O grande vencedor foi anunciado ao vivo, no evento transmitido na última terça (9): o Sennheiser Momentum 3 Wireless. Ele foi o único modelo, de todos os 16 avaliados por Tilt, a receber nota 10 no quesito Qualidade do Som dos três membros do júri: o produtor musical Daniel Ganjaman, o editor de Tilt Marcel Nadale e o jornalista de tecnologia Rodrigo Lara.
Nesta categoria, eles também avaliaram outros três modelos: o Beats Studio 3, o Edifier STAX SPIRIT S3 e o LG TONE Free FP9. Embora não tenham levado o título, os três são capazes de satisfazer até o mais exigente dos audiófilos.
Abaixo, as notas e avaliação de cada um. Confira, no topo da página, o trecho da live com mais informações e depoimentos dos jurados.
Sennheiser Momentum 3 Wireless: próximo da perfeição
- Qualidade de Áudio: 10
- Design & Ergonomia: 9,3
- Usabilidade: 8,3
- Sistema: 9,3
- NOTA FINAL: 9,2
- Preço: R$ 2.831,39*
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Da ópera ao pop, do batidão do funk à ginga da bossa: cada gênero, instrumento e voz é defendido com carinho pelo produto da Sennheiser. Os jurados foram unânimes nos elogios.
“A qualidade de áudio é incomparável. Cristalino, nítido e envolvente”, apontou Nadale. “Permitiu reparar em detalhes novos nas músicas que escuto há anos. As frequências são equilibradas, mesmo na equalização automática”, avaliou Lara.
Ganjaman seguiu a mesma linha. “Sem dúvida, o melhor dos quatro fones testados. Tem um som super equilibrado. Fiquei com vontade de adquirir um para mim”, comentou.
O fone se destacou também no design – que Ganjaman definiu como “primoroso” – e na ergonomia, unindo um visual minimalista com conforto extremo. O aplicativo de controle, que permite configurar todos os aspectos do som do aparelho, também foi elogiado pelos jurados.
Beats Studio 3: para os fãs dos graves
- Qualidade de Áudio: 7,6
- Design & Ergonomia: 7,6
- Usabilidade: 9,6
- Sistema: 8,6
- NOTA FINAL: 8,4
- Preço: R$ 2.299,99*
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Considerando que foi fundada pelo rapper Dr. Dre (agora pertence à Apple), não é de se estranhar que a marca dê ênfase nos sons mais graves. Para Ganjaman, talvez um pouco demais. “Achei o grave um pouco exagerado, o que é característico da Beats”, apontou.
A qualidade sonora dividiu opiniões na redação de Tilt. Enquanto Nadale achou o som “abaixo dos concorrentes, mas sem comprometer”, Lara destacou que o modelo oferece um som rico, que permite “ouvir bem as nuances de cada música”.
Por outro lado, ele superou todos os concorrentes na usabilidade, com botões acessíveis, comandos fáceis e feedback claro para o usuário (inclusive com uma escala de luz para a bateria, que é sempre útil).
A marca sempre investiu num design típico, bem pop (notável pelo vermelhão característico), mas a ergonomia não agradou nem Ganjaman nem Lara: ambos notaram que o tamanho menor do fone causa incômodo após o uso prolongado.
LG TONE Free FP9: headset pra quê?
- Qualidade de Áudio: 8,3
- Design & Ergonomia: 8,6
- Usabilidade: 8
- Sistema: 8,3
- NOTA FINAL: 8,3
Geralmente, modelos premium apostam no design com arco e formato circumaural, cobrindo toda a orelha para garantir uma experiência sonora bem isolada. É ousado, então, que o LG Tone Free FP9 tenha entrado nessa briga oferecendo um modelo wireless, com plugues independentes, intra-auriculares.
A desvantagem é que, diferentemente dos rivais, ele não tem a opção de funcionar plugado por meio de um cabo com conexão de 3,5 mm.
Para Ganjaman, isso já é o suficiente para colocá-lo numa situação distinta. “É impossível comparar com os outros fones headset, mas para um modelo intra auricular, achei muito satisfatório”, disse. O músico destacou a boa qualidade do áudio e o “fácil ajuste ao formato do ouvido”, já que ele traz diferentes tamanhos de eartips (aquela borrachinha substituível na extremidade dos plugues).
Para Nadale, foi o fone com pareamento mais rápido, mas o controle sensível ao toque deu trabalho. “Cada função, como aumentar o volume ou atender uma ligação, exige uma quantidade específica de toques no plugue do lado certo”, apontou. Ainda assim, curtiu a experiência. “Gostei da qualidade de som e achei ele muito versátil. Me vejo usando na academia, por exemplo”.
Lara também destacou som e conforto, mas ficou especialmente impressionado pelo estojo onde os fones são carregados. “Ele pode ser conectado via cabo P2 em aparelhos sem bluetooth e tem um sistema com luz UV que ajuda a manter os plugues limpos”, pontuou.
Edifier STAX SPIRIT S3: dividindo opiniões
- Qualidade de Áudio: 7,3
- Design & Ergonomia: 8,3
- Usabilidade: 8,3
- Sistema: 7,3
- NOTA FINAL: 7,8
Foi o que causou divergências mais intensas nos jurados. Nadale curtiu o visual, Ganjaman não. Lara achou simples de usar, mas Nadale criticou o acúmulo de funções em um só conjunto de botões. “Se você não tiver o manual por perto para saber como usá-los, pode se perder. E o manual é minúsculo, escrito numa fonte quase ilegível”, comentou.
Uma das qualidades do modelo está na possibilidade de trocar de almofadas de orelha, alternando entre uma feita com material que lembra couro e outra com um tecido similar à microfibra.
A qualidade sonora é competente, mas a concorrência simplesmente mandou melhor nesse quesito. Enquanto Lara comentou que o som não parece “tão brilhante”, Ganjaman deu um parecer mais técnico: “O fone tem os sons em frequência média muito acentuados e uma consequência disso é que os graves acabam ficando pouco presentes”, pontuou.
*Preços checados em 10/08/2022. Pode ser que eles variem com o tempo.
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