Desde 2008, os Estados Unidos conduzem testes para destruir satélites usando mísseis. A vice-presidente Kamala Harris anunciou recentemente que o país vai deixar oficialmente de realizar este tipo de experimento na última semana. A razão tem relação com a produção de lixo espacial, o que pode prejudicar outros satélites e missões espaciais.
O anúncio dos Estados Unidos vem após um teste feito pela Rússia conduzido em novembro de 2021. Na ocasião, o experimento criou uma nuvem de lixo espacial tão grande que exigiu que a Estação Espacial Internacional tivesse que fazer uma manobra para evitar a colisão.
“O lixo espacial criado por estes testes são uma ameaça a satélites e outros objetos espaciais que são vitais para a segurança da nação, interesses científicos e econômicos. Além disso, eles aumentam o risco de astronautas no espaço”, disse Harris em comunicado.
“De modo geral, estes testes arruínam a sustentabilidade a longo termo do espaço e põem em perigo a exploração e uso do espaço por todas as nações”.
Empresas e governos têm lançado cada vez mais satélites para diversos fins, como comunicação global, navegação e prover acesso à internet, como tem feito a SpaceX com a constelação de satélites Starlink. O problema é que ao acumular muitos equipamentos na órbita, há um aumento da chance de haver colisões que, em última instância, poderiam atrapalhar missões ou danificar outros satélites operantes.
Ainda que os Estados Unidos tenham anunciado o fim de testes com mísseis antissatélite, o fato é que tem outros tipos de experimentos para tentar destruir satélites sem que sejam destruídos no espaço.
Há, por exemplo, iniciativas para usar laser para desativar satélites (a China supostamente já domina esta técnica) ou mesmo hackear sistemas de controle para desabilitar completamente o equipamento espacial.
*Com informações do site Space.com e Quartz