Parlamento do Panamá aprova projeto que regula uso de ativos digitais – 28/04/2022


Por Elida Moreno e Valentine Hilaire

CIDADE DO PANAMÁ (Reuters) – Os parlamentares do Panamá aprovaram um projeto para regular o uso e o comércio de criptoativos, que foram questionados por organizações internacionais, justamente quando o país está tentando deixar para trás os escândalos de lavagem de dinheiro.

O Panamá entrou duas vezes na lista cinza da Força-Tarefa de Ação Financeira (Gafi) por suas deficiências na luta contra a lavagem de dinheiro. Sua última entrada ocorreu em junho de 2019 e as autoridades insistiram em sua disposição de sair.

O projeto de lei abre as portas para o uso público e privado de tais ativos e permitirá que as pessoas paguem seus impostos com criptomoedas.

A legislação é mais ampla em escopo do que as medidas aprovadas por El Salvador, que no ano passado tornou o bitcoin moeda legal, disse o parlamentar independente e promotor do projeto de lei Gabriel Silva.

Entre outras coisas, o projeto de lei abrange a negociação e uso de ativos criptográficos, emissão de títulos digitais e novos sistemas de pagamento. “Estamos vendo o surgimento de muitos tipos diferentes de ativos criptográficos, como obras de arte. É por isso que não queremos nos limitar apenas às criptomoedas”, disse Silva.

Sob a nova legislação, os panamenhos podem usar criptoativos como meio de pagamento para qualquer operação civil ou comercial não proibida por lei no país.

“Apenas 45% dos panamenhos têm contas bancárias, mas a taxa de penetração da internet no país chega a 72%. As criptomoedas podem ajudar os não bancarizados”, disse Belisario Castillo Saenz, presidente-executivo da empresa de criação de ativos digitais Feanor Corp.

O projeto também pode forçar os bancos a serem mais cooperativos e justos no uso desses ativos, disse José Fabrega, membro do grupo Cryptos Panama.

O projeto de lei, que agora passa ao presidente panamenho Laurentino Cortizo para ser assinado, foi aprovado no Congresso com 38 votos a favor, duas abstenções e nenhum voto contra.



Source link

Se inscreva na nossa Newsletter

Veja Mais

Sem categoria

Entrevista com Sérgio Buniac, presidente global da Motorola

Tilt: Como vocês têm lidado com as concorrentes chinesas? Chega a ser um problema ou passa longe de ser uma preocupação? SB: Podemos competir com qualquer fabricante de qualquer região. Não é fácil, mas somos competitivos – não custa lembrar que somos chineses também [a chinesa Lenovo é dona da Motorola Mobility]. Sobre ser uma

Sem categoria

5G pode atrasar em até 60 dias em 15 capitais brasileiras

O Grupo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que acompanha a limpeza das faixas para ativação do 5G propôs, nesta sexta-feira, 12, mais 60 dias de prazo para que a tecnologia comece a rodar em 15 capitais brasileiras, a maioria delas localizada nas regiões Norte e Nordeste. O conselho diretor da Anatel ainda precisará aprovar