Ouvidos pela coluna, dois paulistanos especializados em direitos autorais, Fernanda Rosa Picosse (propriedade intelectual), e Alexandre Trinhain (marcas e patentes), Anitta pode ser duplamente prejudicada por causa da suspeita de “fraude” em reproduções de suas músicas nas plataformas de streaming e vídeo.
Eles estão à frente do Instituto Iplatam Marcas & Patentes e trabalham com artistas e produtores de conteúdo no Spotify.
Eles acreditam que o caso pode desgastar a imagem e até prejudicar o bolso da artista, e de várias formas.
“Se comprovada uma possibilidade de fraude, a condição de Anitta se complica. Ela pode ser banida das plataformas e não receber os royalties pelas reproduções (supostamente) fraudulentas”, dizem os especialistas.
“Esse tipo de manipulação causa prejuízo financeiro para a plataforma, pois gera reproduções “fakes” da música, resultando em pagamentos de royalties indevidos, como a reprodução da música por meio dos robôs e não ouvintes reais).
“A questão é que se alguém tenta ganhar proeminência nestas plataformas de maneiras “fakes” -seja usando robôs, isso pode ser considerado até um crime.
E exemplificam:
“Nós do Iplatam enfrentamos isso cotidianamente com clientes que fazem parte do Spotify e outras plataformas: há tentativas também (de terceiros) de prejudicar os criadores de conteúdo colocando robôs “fáceis” de identificar. É justamente para que os algoritmos da plataforma detectem e acabem punindo o artista.”
Mas, lembram:
“É preciso ser feita uma investigação para provar que isso não foi feito por ele, mas por outra pessoa, em outra cidade, país, ou por outros IPs. Às vezes a Anitta pode até ser vítima, pode nem saber da história. Mas, vale ressaltar: esse tipo de postura pode até ser considerada criminosa.”
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