Nasa convocou parceiros de peso para seu próximo projeto. Amazon e SpaceX e outras quatro empresas foram selecionadas para criar uma nova geração de equipamentos de comunicação próximo à Terra, em apoio a futuras missões da agência espacial.
Segundo a agência, o Projeto de Serviços de Comunicação (CSP, em inglês) é uma maneira de cortar custos, para que mais verba seja alocada em missões de ciências ou de exploração espacial.
“Adotar satélites comerciais de comunicação vai empoderar missões para obter investimentos do setor privado que ultrapassam, em muito, o que o governo pode oferecer”, diz a página oficial do CSP. Além disso, os satélites terão acesso às inovações contínuas que essas empresas privadas desenvolverem após seu lançamento.
Dos US$ 278,5 milhões do CSP, a SpaceX ficou com a maior cota: US$ 69,95 milhões. Ela propôs uma “rede comercial óptica de conexão entre serviços de satélites de última linha.”
O Porjeto Kuiper, da Amazon, que deve lançar já dois satélites até o final de 2022, recebeu US$ 67 milhões.
As outras quatro empresas são a Viasat Incorporated (US$ 53,3 milhões), Telesat US Services (US$ 30,65 milhões), SES Government Solutions (US$ 28,96 milhões) e Inmarsat Government Inc. (US$ 28,6 milhões).
O “cheque”, porém, não é gratuito. A Nasa aproveitou o anúncio das parcerias para reforçar que espera que as empresas equiparem até ultrapassem esse valor em suas contribuições ao longo dos 5 anos em que o CSP será desenvolvido. E também que aguarda as primeiras demonstrações práticas da viabilidade espacial dos equipamentos já em 2025.
A pressa tem justificativa. Atualmente, boa parte dos satélites da Nasa para comunicação espacial próxima da Terra são dos anos 80 e 90, e devem ser aposentados nos próximos anos.