O Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos concedeu um contrato ao preço fixo de US$ 10 milhões (cerca de R$ 54 milhões, na cotação atual) para adquirir um novo equipamento que parece digno de filmes do 007: botas com propulsão a jato.
Os acessórios, que serão usados por mergulhadores de combate, foram desenvolvidos pela empresa Patriot3, com sede em Virgínia.
As botas a jato contam com uma bateria e um sistema de motor sem escova que serve para impulsionar o mergulhador, sem que ele precise fazer esforço de nadar. São dois propulsores na lateral de cada perna, permitindo que o operador manobre com o corpo, liberando as mãos para outras tarefas. Veja o vídeo:
With a depth rating of 300ft and the capability of hot-swapping batteries sub-surface to extend run times between 3-16 hours (speed depending)…Patriot3’s #JETBOOTS DPS allows combat swimmers to perform a wide range of operations, to include recon, patrol, search & rescue, etc. pic.twitter.com/rTlN1SW7od
— Patriot3, Inc. (@Patriot3Inc) May 26, 2022
O equipamento aguenta até 91 metros de profundidade e alcança velocidades de até 4 nós (cerca de 7.4 km/h). As baterias aguentam entre 3h e 16h, dependendo da intensidade do deslocamento.
Ele deve ser usado principalmente pelas Forças Especiais do Exército e SEALs da Marinha, em operações de reconhecimento, patrulha, busca e salvamento.
Porém, há um lado negativo. Em entrevista ao Business Insider, o subtenente aposentado das Forças Especiais John Black afirma que minimiza esse esforço do mergulhador, possibilitando que fique imóvel, pode causar hipotermia. “Deve-se lembrar que é uma ferramenta, não um veículo”, advertiu.
Operadores especiais que usaram a bota a jato em fase de teste também dizem que não se deve confiar demais na tecnologia, porque basta um comando mal selecionado para atrapalhar sua eficácia.
O acordo fechado pelo Comando de Operações Especiais garante a aquisição das Jet Boots Dive Propulsion System (JBDPS), suas peças de manutenção e seu sistema de treinamento até 2027.