Um barulho alto, como o de uma explosão, assustou moradores do município de Portelândia, região sudoeste de Goiás. Os fragmentos de rochas espaciais caíram em alta velocidade sobre ao menos uma residência, chegando a perfurar o telhado, o forro e criando uma depressão no piso cerâmico.
O dono da casa, que não se identificou, gravou um vídeo mostrando o estrago feito pelos objetos espaciais, compartilhado nas redes sociais e grupos de WhatsApp. No vídeo, ele diz que estava em casa, no domingo (17), assistindo à TV, quando se assustou ao ouvir um barulho muito alto.
“Foi um barulhão, como uma explosão. Eu estava assistindo ao Globo Rural. Por incrível que pareça, a gente acredita que seja um meteoro. Ele passou a telha, passou o forro, fez esses buracos e bateu na cerâmica”, afirma, mostrando os estragos no imóvel e, ao final, os fragmentos de material escuro que caíram do céu, envolvidos em um pano amarelo.
Ao telejornal “JA1”, da TV Anhanguera, afiliada à Rede Globo, o físico planetário Thiago Oliveira, da UFJ (Universidade Federal de Jataí), afirmou acreditar que os fragmentos sejam mesmo de um meteorito. “Tudo indica que sim, pelas características da rocha, pelo vídeo que ele nos enviou, os estragos causados. Tudo indica que trata-se de um meteorito”.
O meteorito é um pedaço sólido de detritos de um objeto, como um cometa, asteroide ou meteoroide, que se origina no espaço sideral e resiste à passagem pela atmosfera, atingindo a superfície de um planeta ou lua.
Os meteoritos são tradicionalmente divididos em três categorias: meteoritos pedregosos, rochas compostas principalmente de minerais de silicato; meteoritos de ferro, em grande parte compostos de ferro-níquel; e meteoritos de ferro pedregosos, que contêm grandes quantidades de material metálico e rochoso.
A maioria dos meteoroides se desintegra ao entrar na atmosfera da Terra. Normalmente, observa-se que cinco a dez por ano caem e são posteriormente recuperados e divulgados aos cientistas. Poucos meteoritos possuem tamanho suficiente para criar grandes crateras de impacto.
“É um fenômeno bastante comum. Quando chega ao solo, é meteorito. Não vemos com tanta constância porque 70% do planeta é composto por água. Por isso, estatisticamente, sete em cada dez vão cair nos oceanos. A queda em zonas habitadas possui um percentual muito baixo, mas diariamente caem meteoritos na Terra”, afirmou Oliveira ao “JA1”, avisando que irá analisar os fragmentos no laboratório da universidade.