Para finalizar o combo de belos fenômenos no céu de julho, chegou a vez de Marte ficar “pertinho” da Lua na madrugada de hoje (20) para quinta-feira (21). A partir das 2h da madrugada, o planeta vermelho poderá ser visto logo abaixo da Lua, como uma estrela avermelhada de brilho fixo.
Basta olhar para o leste (mesma direção onde nasce o Sol) — se o seu horizonte tiver obstáculos, terá de esperar eles subirem mais um pouco para conseguir enxergar.
O que deixa a cena ainda mais graciosa é a Lua na fase minguante, parecendo um sorriso. O par poderá ser visto juntinho até o amanhecer, cruzando o céu até o outro lado.
Alinhamento planetário
Aproveitando a noite de observação, repare também em um interessante alinhamento planetário. Se seguir o olhar mais para cima de Marte, lá estarão Júpiter e, depois, Saturno — nesta mesma ordem em que ficam ao redor do Sol.
Apesar de não estarem tão próximos, os corpos formarão uma linha reta, alinhados pelo céu.
Se tiver alguma dificuldade em localizar os objetos, um app de observação astronômica, (como Stellarium, Star Walk, Star Chart, Sky Safari ou SkyView) pode ajudar.
Com um binóculo, telescópio ou câmera com teleobjetiva (lente zoom), é possível enxergar mais detalhes, como crateras da Lua, e fazer belos registros dos encontros.
Ambos os fenômenos são visíveis de qualquer ponto do Brasil, a olho nu, sem necessidade de qualquer equipamento especial. Basta o céu estar limpo.
O que é uma conjunção?
Conjunção é o termo astronômico para quando dois ou mais corpos celestes (planetas, Lua, sol) aparecem bem próximos no céu. Essa proximidade é aparente, devido às suas órbitas em relação a um determinado ponto de vista — no caso, o da Terra. Não quer dizer que eles estejam de fato perto; continuam separados por milhões de quilômetros no espaço.
No caso da conjunção desta madrugada, a Lua e Marte são, de fato, os dois corpos mais próximos do Sistema Solar — mas também estão bem longe.
As conjunções mais comuns e apreciadas são aquelas entre a Lua e os planetas mais brilhantes (Vênus, Mercúrio, Marte, Júpiter e Saturno). Ela pode até compor um triângulo ou linha reta com dois ou mais planetas — como o grande alinhamento que vimos em junho.