Depois de se tornar uma febre no início do ano passado, o aplicativo de salas de áudio Clubhouse enfrentou momentos difíceis para se manter relevante. Situações como problemas de segurança, o fim do hype entre moderninhos e o aparecimento de concorrentes contribuíram para o momento de baixa do app.
Contudo, o Clubhouse segue vivo e busca alternativas. Agora, com a chegada do Dia dos Namorados, o time por trás do aplicativo destaca uma sala exclusiva de paquera online: o CHinder.
Sala exclusiva de paquera
A nova sala de áudio, chamada no ecossistema do Clubhouse de “clube”, ganhou esse nome justamente por ter sido criada para os solteiros em busca da alma gêmea – ou pelo menos um crush que valha um date.
Criado em fevereiro, trata-se de um grupo de conversas que abre todas às terças, por volta das 21:30, em que o objetivo é dar “match”. O CHinder permite que usuários interajam por um período de 69 minutos – número escolhido a dedo.
A sala é comandada por um time de mediadores com diferentes papéis: apresentadora, cupido, músico e até um especialista em moda. Eles fomentam as interações no grupo e incentivam que os usuários se apresentem e troquem informações pessoais que instiguem o flerte.
“A comunidade, que em sua descrição afirma prezar pela diversidade, respeito e empatia, oferece um caminho para quem deseja procurar um par de maneira segura, mas ao mesmo tempo pessoal e íntima. Uma experiência diferente dos apps de paquera comumente encontrados no mercado, que têm suas conversas baseadas em mensagens de texto”, descreve a empresa.
O cantor e ator de nome artístico TON usa com frequência o Clubhouse e marcou um date inusitado na sala. “Entrei apenas para cantar e isso me rendeu conexões que eu nem esperava. Em uma das dinâmicas, o cupido disse que uma das pessoas ali tinha algo para me dizer. A pessoa me fez um elogio e fui perguntar quem era. Nessa hora, a pessoa já havia mandado um direct”, relatou o artista. A conversa rendeu uma aula de canto na vida real no dia seguinte.
Influencer encontrou namorado no app
Ativista e produtora cultural, Dandara Pagu se tornou uma das maiores influencers da rede social no momento em que o app era o queridinho dos hipsters.
Assim que foi lançado no país, Dandara se destacou nas salas de bate-papo moderando conversas sobre política, racismo e feminismo. Em pouco tempo, já contava com milhares seguidores. Lá, também viveu a experiência de conhecer o parceiro Gabriel, carinhosamente apelidado de “Bombom”.
“Eu ficava olhando as fotos das pessoas. E aí, se ela entrasse na sala, depois eu procurava a conta em outras redes sociais. Desse radar de possíveis paqueras, ela conheceu o namorado Gabriel. “Ele ficou até o fim de uma sala bem legal, procurei o perfil e mandei mensagem para ele no Instagram”, revela. Apesar de não ser um assíduo participante das salas, Gabriel ainda é um entusiasta das salas do app.
Além de acreditar na tecnologia como ponte entre pessoas que buscam a alma gêmea, Dandara diz que, mesmo que uma pessoa não solte a voz em uma sala do Clubhouse, os tópicos desenvolvidos por lá podem ser a fagulha de um bato papo mais direto, na caixa de mensagem.
“Eu puxei um papo com ele falando sobre como aquela sala tinha sido legal. Então assim: gostou? Encontra uma brecha e puxa um papo. Todos os aplicativos ajudam. Se o clima estiver de rolar, vai rolar até com sinal de fogo”, brinca.