iPhone terá modo de segurança extrema Lockdown contra hackers; entenda


A Apple anunciou nesta quarta-feira (6) um novo recurso para iPhones, chamado Modo Lockdown, que chegará com o iOS 16. Seu objetivo é proteger pessoas mais propensas a sofrerem ciberataques patrocinados por governos, como políticos, jornalistas, grandes executivos e ativistas de direitos humanos.

Como funciona?

O Modo Lockdown desativa diversas funções do iPhone, que poderiam ser acessadas por invasores, deixando o aparelho menos vulnerável a malwares. Por exemplo:

  • No aplicativo Mensagens, os anexos (exceto imagens) são bloqueados e a visualização de links não é disponível
  • Chamadas do FaceTime de pessoas para as quais você não ligou anteriormente são bloqueadas, assim como convites de “estranhos” para outros serviços da Apple
  • Alguns itens da internet, como o JavaScript just-in-time (JIT), são desabilitados no Safari e em todos os outros navegadores que usem o WebKit
  • Álbuns compartilhados são removidos do aplicativo Fotos e os convites para novos álbuns são bloqueados
  • Conexões com fio com outros dispositivos/acessórios são bloqueadas
  • Novos perfis de configuração não podem ser instalados

Ou seja, o desempenho normal do smartphone, de apps e de websites fica bem prejudicado. Por isso, o recurso é destinado apenas para um pequeno grupo de pessoas que precisam de segurança digital extrema.

Como ativar?

O Modo Lockdown pode ser usado por qualquer um, a qualquer momento. Ele vem desligado por padrão; para ativá-lo, basta ir em “Configurações > Privacidade e Segurança” e tocar na opção.

Ele já foi inserido na terceira versão beta do iOS 16, lançada nesta quarta para testes, e chegará a todos os usuários quando houver a atualização do sistema, provavelmente em setembro. Também estará disponível para iPads, com o iPadOS 16, e computadores e notebooks Mac, com o macOS Ventura.

lockdown mode - Apple - Apple
Imagem: Apple

Por que foi criado?

O anúncio vem meses depois de revelações de que hackers patrocinados por órgãos governamentais tinham a capacidade atacar modelos recentes de iPhones com uma técnica “zero-click” (por meio de mensagens de texto, sem precisar que a vítima clique em qualquer link).

Mas os ataques que o Lockdown Mode quer evitar são ainda mais sofisticados (e raros). Eles empregam ferramentas que podem custar milhões de dólares, vendidas diretamente para órgãos militares ou governos totalitários, que exploram bugs ainda não descobertos para entrar no sistema operacional do iPhone. A partir daí, podem fazer coisas como controlar o microfone e a câmera ou roubar o histórico de navegação e comunicações do usuário.

O software mercenário mais conhecido é o spyware Pegasus, desenvolvido pelos israelenses do NSO Group — que a Apple está processando. De acordo com a empresa, a grande maioria do um bilhão de usuários de iPhone jamais será alvo de um ataque deste tipo.

A Apple anunciou que pagará até US$ 2 milhões para pesquisadores que consigam encontrar falhas de segurança no Modo Lockdown e ajudem a melhorar sua proteção.

* Com informações de MacRumors e 9to5Mac



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