Google inclui Brasil no Relatório de Transparência Eleitoral


O Brasil passa a fazer parte a partir desta quinta-feira (23) do Relatório de Transparência de Publicidade Política do Google. Com isso, a empresa liberou uma plataforma para que qualquer pessoa possa, por exemplo, acompanhar os valores gastos pelos partidos políticos em anúncios no Google, YouTube e parceiros, bem como data de publicação, alcance.

As informações listadas acompanharão qualquer anúncio no Google Ads ou no Display & Video 360 que mencionem candidatos a cargos federais, partidos políticos e governantes eleitos. Os anúncios serão exibidos mesmo que não haja pedido de voto nas publicações.

No comunicado da empresa, o diretor de políticas públicas e relações governamentais do Google Brasil, Marcelo Lacerda, estima que a ferramenta será útil para os cidadãos saberem quem está fazendo campanhas de publicidade com foco nas eleições deste ano.

“Em outubro, os brasileiros vão às urnas para mais uma Eleição e, como parte de nosso compromisso com a integridade do processo eleitoral no Brasil, temos trabalhado em uma série de novidades para conectar os eleitores com informações importantes […] e, assim, permitir uma participação social mais informada”, afirmou.

Além do Brasil, Austrália, Estados Unidos, Índia, Israel, Nova Zelândia, Reino Unido, Taiwan e União Europeia fazem parte dessa plataforma de transparência.

O que estará listado

No momento, apenas nomes de candidatos eleitos ou que concorrem a cargos federais estão listados automaticamente. Menções a candidatos estaduais são detectadas junto à siglas de seus partidos.

A plataforma listará ainda:

  • Anúncios eleitorais ou com conteúdo de eleição em um campo de pesquisa, tanto em texto, foto ou vídeo.
  • Faixa aproximada de visualizações, período de veiculação e quanto foi pago ao Google para que a publicidade permanecesse rodando.

Nos campos de pesquisa da plataforma, será possível filtrar por data, valores e, principalmente, buscar por nome — o que é útil caso você queira saber quanto um partido investiu até o momento.

Na aba “Insights”, o Relatório de Transparência elenca os anunciantes pelo total de investimento em anúncios políticos. Nesta seção, é possível visualizar as informações divididas por anunciante, bem como a região de alcance, separada por estado.

O relatório faz algumas distinções de publicidades a serem rastreadas, incluindo também pesquisas e publicações como notícias ou artigos impulsionados no Google Ads.

A plataforma diferencia publicidade eleitoral de, por exemplo, anúncios de artigos como camisetas e bonés com marcas de partidos e candidatos.

Anúncios que violem as regras serão derrubados

Os anunciantes com publicidade eleitoral terão de passar por um processo de validação de seus perfis, exigindo informações como endereço e nome comercial, que possam ser checadas pelo público.

Em cada um dos anúncios circulantes, os cidadãos conseguirão avaliar os critérios de segmentação usados para a sua divulgação: como região, faixa etária e gênero dos espectadores — todos sendo os únicos campos permitidos de configuração.

Em nota, o Google afirma que os critérios utilizados para a publicidade eleitoral seguirão as mesmas regras dos seus anúncios. Na prática, isso significa que não deve permitir a disseminação de programas maliciosos, conteúdo ofensivo e fake news.

A publicidade eleitoral que infringir os termos de uso dos anúncios do Google, terá a exibição suspensa, afirma a empresa.

Entretanto, o registro dessas informações permanecerá público aos usuários da plataforma, que poderão verificar todos os dados por detrás da publicidade.



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