A linha de maior sucesso de vendas da Samsung, a Galaxy A, atrai os consumidores pelo visual bacana e recursos emprestados da linha Galaxy S, a mais sofisticada da marca.
A fabricante sul-coreana continua com este legado com o Galaxy A53 5G, lançado em março no Brasil. Entre os itens “emprestados” da linha S estão as bordas arredondadas, o módulo de câmeras, a conexão 5G e um ótimo conjunto de sensores.
Ainda que tenha uma bateria gigante, o carregador não é muito rápido (de 0 a 100% leva quase duas horas). Algumas lentidões pontuais no uso do telefone também desagradaram.
De qualquer jeito, o Galaxy A53 5G deve ser considerado para quem tem um celular básico ou intermediário e já quer estar preparado para quando houver cobertura 5G no país —pelo menos para capitais, a previsão é no segundo semestre do ano.
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Pontos Positivos
- Tira fotos bem bonitas com ajuda do algoritmo da Samsung
- Design sóbrio inspirado no Galaxy S
- Garantia de quatro atualizações do Android
Pontos Negativos
- Apresentou alguns leves engasgos durante a navegação
- Vem com carregador de 15W, o que faz demorar até 2 horas para carregá-lo completamente
Veredito
Além do visual, o desempenho e o resultado das fotos tiradas são pontos positivos do modelo. Os negativos ficam por conta do carregamento lento e alguns engasgos durante o uso. Comparando com a concorrência, O A53 está em linha com as especificações de concorrentes lançados em 2021.
A Samsung tem um “jeitão” padrão no visual do telefone e o Galaxy A53 não foge da regra.
De frente, ele lembra os Galaxy S. O que muda nele é a “moldura” preta maior em volta da tela. Na traseira, o módulo de câmera tem certa protuberância que também lembra a linha premium, mas o material é plástico em vez de vidro.
O resultado disso tudo é que o Galaxy A53 5G é um telefone com design sóbrio e bonito.
Na parte de baixo, há uma porta USB-C para carregar o telefone —então, nada daquela entrada clássica de fone de ouvido. A boa notícia é que, por ser um celular mais “fechadão”, ele tem proteção IP67. Pode cair na água e ficar lá por um tempo sem grandes prejuízos.
Ainda que a tela seja de 6,5 polegadas (16,51 cm), você deve considerar que esta não é toda a área útil, pois ela conta com uma moldura, que é maior nas partes de cima e de baixo. Por um lado, ela evita toques involuntários; por outro lado, você acaba perdendo um pouco de tela para ver seus vídeos.
A resolução do display é Full HD, o que é mais que o suficiente para ver filmes de streaming e jogar games. O brilho total é de 800 nits, suficiente para a maioria das pessoas. Como utilizei o telefone durante a temporada de frio em São Paulo e com tempo nublado, não tive problemas em visualizar a tela em ambientes externos.
Como muitos telefones de linha intermediária, há um sensor de impressão digital sob a tela. Então, basta configurar com seu dedo para bloquear ou desbloquear o telefone. Não é tão rápido quanto o da linha Galaxy S22, mas resolve a vida, mesmo quando o dedo está sujo.
Estamos falando de um telefone da linha intermediária, logo ele tem bom desempenho para navegação. Não há problemas em alternar entre apps ou lentidão quando vários estão abertos.
A única questão que notei foi uma leve dificuldade para pesquisar apps do próprio telefone. Isso porque a personalização do Android feita pela Samsung agora permite que a busca retorne com opções contextuais. Por exemplo: se você buscar “Uber” na gaveta de apps, logo abaixo são mostrados atalhos para endereços no aplicativo, como “Casa” ou “Trabalho”. Mas esse processo não é fluido. Ganhamos praticidade, perdemos agilidade.
Mesmo com a OneUI (a interface da Samsung), o Galaxy A53 aderiu a algumas boas atualizações do Android 12. Uma delas é a de permitir escolher a cor predominante da tela de fundo, e usá-la em apps do sistema, dando mais sinergia para o visual do telefone.
Dá para jogar com o Galaxy A53 5G, mas dependendo do game, pode levar um tempo a mais para carregar. O Asphalt 9, que costumo testar em quase todos os telefones que uso, levou uns 20 segundos para carregar —o que está em conformidade com celulares da mesma categoria. Na hora da ação, os gráficos são carregados de forma satisfatória, sem atrasos ou travamentos. Em games casuais, como puzzles (quebra-cabeças), não tem erro.
Como muitos celulares de gama intermediária, o Galaxy A53 5G já vem com vários aplicativos pré-instalados, que são fruto de parcerias da empresa. Entre eles, Netflix, Spotify e ferramentas da Microsoft. Pessoalmente, não gosto, mas pelo menos a marca permite desinstalá-los – o que pode ser uma boa, ainda mais se tiver próximo de preencher os 128 GB do telefone.
O celular vem com NFC, então dá para usá-lo como carteira por meio do Samsung Pay, e ainda tem uma ótima política de atualização. A Samsung garante até quatro atualizações de sistema o que, por enquanto, é sem precedentes entre as fabricantes.
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O Galaxy A53 5G tem múltiplas câmeras, mas o que você precisa saber é: elas fazem um bom trabalho ao capturar paisagens e selfies.
Na maioria das vezes, você vai utilizar o sensor principal de 64 MP. E ele dá conta do recado, com boa definição de cor e contrastes altos. Como de costume, a Samsung dá um “tapa” nas fotos com seu algoritmo de inteligência artificial, o que deixa as imagens mais vívidas.
Se há uma luz boa e o aparelho está estável para tirar a foto, não tem erro. É sucesso.
Durante a noite, a câmera costuma dar uma exagerada em itens iluminados e, às vezes, deixa o céu mais claro que o da cena real.
Para selfie, o sensor é de 32 MP, porém o que me chamou a atenção durante o teste foi uma área do app da câmera chamada Divertido. Em resumo: a empresa incorporou alguns filtros do Snapchat à câmera.
Fotos tiradas com o Galaxy A53 5G
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Imagem tirada com o sensor ultra-grande angular do Galaxy A53 5G
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Imagem tirada com o sensor principal do Galaxy A53 5G
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Com boa iluminação, fotos tiradas com o Galaxy A53 5G ficam bem bonitas
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Com boa iluminação, fotos tiradas com o Galaxy A53 5G ficam bem bonitas
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Foto tirada com o Galaxy A53 5G
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Foto tirada com o Galaxy A53 5G
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Em fotos tiradas durante a noite, o algoritmo reduz ruído e deixa objetos com boa nitidez
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Em fotos tiradas durante a noite, o algoritmo reduz ruído e deixa objetos com boa nitidez
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Em fotos tiradas durante a noite, o algoritmo reduz ruído e deixa objetos com boa nitidez
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Em fotos tiradas durante a noite, o algoritmo reduz ruído e deixa objetos com boa nitidez
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Selfie tirada com o Galaxy A53 5G
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Selfie tirada com o Galaxy A53 5G
Guilherme Tagiaroli/Tilt
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Selfie tirada com o Galaxy A53 5G
Guilherme Tagiaroli/Tilt
A bateria do Galaxy A53 5G é de 5.000 mAh, o que significa que, em uso leve, ele pode ficar até dois dias longe da tomada. No meu caso, como uso bastante o telefone, o máximo que consegui foi fechar um dia com 15% — ele estava em 100% às 9h e chegou aos 20% próximo da meia-noite. Ao todo, somei 7 horas de uso do telefone durante o dia.
Neste período, vi vídeos no TikTok, joguei algumas partidas de Asphalt, chequei um monte de mensagens no WhatsApp, naveguei pelo Instagram, abri o Twitter algumas vezes e tirei algumas fotos para o review.
Em uso moderado, cheguei a finalizar um dia com 34%. Na maior parte do tempo, estava no wi-fi e trabalhando só de casa.
Ainda que 5.000 mAh seja uma boa capacidade, carregá-la completamente pode levar 1h40 com o carregador de 15W que vem na caixa. É muito tempo, ainda mais quando Motorola e Realme têm rivais na mesma categoria com carregamento super-rápido.
A linha Galaxy A é conhecida por unir características bacanas dos Galaxy S (a série de smartphones avançados da Samsung) e um preço não muito salgado. Pessoalmente, gostei do visual, do desempenho e do resultado das fotos tiradas. O que me desagradou foi o carregamento lento e alguns engasgos durante a navegação.
Fica difícil comparar com outros concorrentes, pois as linhas ainda estão para serem lançadas. A Motorola, por exemplo, lançou vários telefones no ano passado, e nenhum Moto G ainda neste ano.
De qualquer jeito, baseado nos celulares à venda, o Galaxy A53 5G (que tem preço a partir de R$ 2.429) está em linha com as especificações de concorrentes lançados em 2021.
A Motorola, por exemplo, tem modelos abaixo e acima do Galaxy A53 5G, como o Moto G71 5G (6 GB de memória RAM e armazenamento de 128 GB) e o Moto G100 (12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento), que tem processador com desempenho top de linha. O primeiro é achado no varejo por a partir de R$ 1.799, enquanto o segundo pode ser comprado pela internet por R$ 3.741.
Da parte da Xiaomi, entre os mais recentes, o mais próximo é o Redmi Note 11 Pro, que tem tela com taxa de atualização de 120 Hz, além de um carregador super-rápido de 67W e câmera de 108 MP. Na loja oficial da Xiaomi, ele é achado por R$ 3.679,99 (à vista) —no varejo, é possível achar valores menores.