O cofundador da Microsoft, Bill Gates, tuitou ontem (15) que a empresa teve que encerrar o Internet Explorer porque “ficaram sem microchips” por conta da pandemia da Covid-19.
O tweet “Acho que finalmente esgotamos os microchips” veio em resposta a uma postagem do “The Daily Show”. O perfil do programa de humor dizia: “Uau, Bill Gates encoraja todos a serem vacinados, aí um ano depois o Internet Explorer morre. Coincidência???”
Wow, Bill Gates encourages everyone to get vaccinated, then a year later Internet Explorer dies. Coincidence??? https://t.co/1tF5HR0WjR
— The Daily Show (@TheDailyShow) June 15, 2022
Ambas as publicações, claro, não passaram de uma brincadeira. Elas ironizam a teoria da conspiração de que as vacinas contra o coronavírus serviam para a implantação de microchips rastreáveis — e que Bill Gates estava por trás disso.
A origem da fake news
Os rumores surgiram em março de 2020, após Gates mencionar em uma entrevista que “teremos alguns certificados digitais” que seriam usados para mostrar quem se recuperou, quem foi testado e quem recebeu a vacina.
Em nenhum momento, o bilionário fez menção a microchips. No entanto, a fala levou a um artigo amplamente compartilhado que tinha como título: “Bill Gates usará implantes de microchip para combater o coronavírus”.
Na época, a Fundação Bill e Melinda Gates disse que os “certificados digitais” se referiam à criação de uma plataforma digital de código aberto com o objetivo de expandir o acesso a testes seguros em casa.
Fim de uma era?
A menção ao Internet Explorer (IE) feita pelo “The Daily Show” diz respeito ao encerramento do suporte técnico ao navegador que aconteceu na quarta-feira (15).
Com isso, não haverá mais atualizações de segurança e melhorais na plataforma lançada em 1995. Após se tornar obsoleto com a chegada do Chrome, do Google, e do Safari, da Apple, o Internet Explorer foi substituído pelo Microsoft Edge, que se tornou o navegador padrão do Windows.
Para os nostálgicos, o novo software terá a opção de ativar o modo IE, permitindo a navegação como se o usuário estivesse usando o navegador antigo. Isso possibilitará, inclusive, acesso aos sites que foram projetados para o programa.
*Com informações de Business Insider e BBC