Por Katie Paul
(Reuters) – A Meta, dona do Facebook, divulgou seu primeiro relatório anual de direitos humanos nesta quinta-feira, após anos sendo acusada de que fez vista grossa a abusos online que alimentaram a violência em lugares como Índia e Mianmar.
O relatório inclui um resumo de uma controversa avaliação de impacto sobre os direitos humanos da Índia, que a Meta encomendou ao escritório de advocacia Foley Hoag para conduzir.
Grupos de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, exigiram a divulgação completa da avaliação da Índia.
Em seu resumo, a empresa disse que o escritório de advocacia “observou o potencial das plataformas da Meta estarem conectadas a riscos de direitos humanos causados por terceiros”, incluindo “a defesa do ódio que incita hostilidade, discriminação ou violência”. A avaliação, acrescentou, não abrange “acusações de parcialidade na moderação de conteúdo”.
Grupos de direitos humanos há anos alertam sobre o discurso islamofóbico que alimenta tensões na Índia, o maior mercado global da Meta em número de usuários.
Em seu relatório, a Meta disse que estava estudando as recomendações da Índia, mas não se comprometeu a implementá-las, como fez com outras avaliações de direitos humanos.
Questionada, a diretora de direitos humanos da Meta, Miranda Sissons, apontou diretrizes das Nações Unidas alertando contra os riscos para “as partes interessadas afetadas, o pessoal ou os requisitos legítimos de confidencialidade comercial”.
(Por Katie Paul)